São Paulo, quinta, 6 de agosto de 1998

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CONTOS MÍNIMOS
Fantasma de bronze

HELOISA SEIXAS

Jamais cruzava a praça. Costumava ir pelo outro lado da rua, evitando o espaço aberto, que a afligia. Mas naquele dia decidiu ir por lá. Caminhava, com os olhos atentos, quando deu com o chafariz. Nunca notara que ali, no meio da praça, havia um chafariz. Estava seco, abandonado, mas no alto da coluna central, de pedra, havia uma pequena garça de bronze, cuja elegância chamou-lhe a atenção. Sorriu. Pensando bem, era simpática a pracinha. E, dias depois, voltou. Mas, já de longe, notou algo estranho. Aproximando-se do chafariz, viu apenas pedra. A garça se fora.



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