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ILUSTRADA
Membros do Teatro Municipal protestam em frente à Câmara
IRINEU FRANCO PERPETUO
ESPECIAL PARA A FOLHA
Membros dos corpos estáveis
do Teatro Municipal de São Paulo
fizeram uma manifestação em
frente à Câmara Municipal, ontem, às 15h30, com o intuito de
parar a tramitação do projeto do
prefeito Celso Pitta que prevê a
transformação da casa em uma
fundação de direito privado.
Segundo os organizadores, participaram cerca de 200 membros
dos corais Lírico e Paulistano, Orquestra Sinfônica Municipal e Balé da Cidade de São Paulo.
Bailarinos dançaram ao som do
"Hino Nacional Brasileiro", de
"Aleluia" (Haendel), da abertura
de "Il Guarany" (Carlos Gomes),
de "Va Pensiero" (Verdi) e de
"Nessun Dorma" (Puccini).
Os musicistas queriam pressionar os vereadores da Comissão de
Constituição e Justiça, que analisa
o projeto e se reuniria ontem. O
único membro da CCJ a ir ao plenário foi Roberto Tripoli (PSDB).
A proposta de Pitta autoriza a
instituição da Fundação Teatro
Municipal de São Paulo (FTM),
entidade que receberia da prefeitura uma dotação inicial de R$
17,285 milhões. Está prevista ainda uma subvenção anual da prefeitura de cerca de R$ 22 milhões.
Sem licitação, a prefeitura cederia o direito real de uso do prédio
do teatro à FTM, a cujo patrimônio seriam incorporados os bens e
direitos do acervo do Municipal.
Para Henrique Autran Dourado, porta-voz do movimento, os
artistas não são contra a transformação, mas gostariam de ter participado das discussões e desconfiam da rapidez com que o projeto
está sendo encaminhado. "Essa
gestão está há oito anos no poder.
Por que só agora, na iminência da
posse de um novo prefeito, essa
proposta tão importante está sendo encaminhada?", diz.
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