São Paulo, quarta-feira, 06 de setembro de 2000

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ILUSTRADA

Membros do Teatro Municipal protestam em frente à Câmara

IRINEU FRANCO PERPETUO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Membros dos corpos estáveis do Teatro Municipal de São Paulo fizeram uma manifestação em frente à Câmara Municipal, ontem, às 15h30, com o intuito de parar a tramitação do projeto do prefeito Celso Pitta que prevê a transformação da casa em uma fundação de direito privado.
Segundo os organizadores, participaram cerca de 200 membros dos corais Lírico e Paulistano, Orquestra Sinfônica Municipal e Balé da Cidade de São Paulo.
Bailarinos dançaram ao som do "Hino Nacional Brasileiro", de "Aleluia" (Haendel), da abertura de "Il Guarany" (Carlos Gomes), de "Va Pensiero" (Verdi) e de "Nessun Dorma" (Puccini).
Os musicistas queriam pressionar os vereadores da Comissão de Constituição e Justiça, que analisa o projeto e se reuniria ontem. O único membro da CCJ a ir ao plenário foi Roberto Tripoli (PSDB).
A proposta de Pitta autoriza a instituição da Fundação Teatro Municipal de São Paulo (FTM), entidade que receberia da prefeitura uma dotação inicial de R$ 17,285 milhões. Está prevista ainda uma subvenção anual da prefeitura de cerca de R$ 22 milhões.
Sem licitação, a prefeitura cederia o direito real de uso do prédio do teatro à FTM, a cujo patrimônio seriam incorporados os bens e direitos do acervo do Municipal.
Para Henrique Autran Dourado, porta-voz do movimento, os artistas não são contra a transformação, mas gostariam de ter participado das discussões e desconfiam da rapidez com que o projeto está sendo encaminhado. "Essa gestão está há oito anos no poder. Por que só agora, na iminência da posse de um novo prefeito, essa proposta tão importante está sendo encaminhada?", diz.


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