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ERUDITO
Para fagotista, crise na Osesp é desproporcional
DA REPORTAGEM LOCAL
O fagotista Fábio Cury, um dos
sete instrumentistas demitidos no
último dia 20 da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São
Paul o), afirma continuar a considerar desproporcional o rumo
que a crise naquela orquestra sinfônica tomou.
Cury, que presidia a Aposesp, a
associação dos músicos, disse que
a entidade procurou dialogar
com os maestros John Neschling
e Roberto Minczuk, para que se
resolvesse de forma menos traumática um episódio -a suspensão de um oboísta- que gerou
todo o conflito interno.
Juntamente com Cury foram
demitidos a violinista Andréa
Campos Misiuk, o flautista Rogério Wolf, os contrabaixista Sérgio
de Oliveira e Jefferson Colaccico,
o trompista Luiz Garcia e a violista Tânia Campos Kier.
Segundo o fagotista, os dois
maestros se mostraram fechados
ao diálogo e utilizaram o incidente para dar uma prova de força
gratuita e ainda atingir a associação dos músicos.
Ele diz também não ter conhecimento -a crise eclodiu numa semana em que não estava escalado
para tocar, razão pela qual não
participou dos ensaios- de tentativas de alguns de seus colegas
de incitar os demais integrantes
da orquestra a desafiarem o
maestro Minczuk, cruzando os
braços ao receberem o sinal de
entrada para seus instrumentos.
Neschling, na única oportunidade em que se pronunciou sobre
a crise, disse que a direção da associação dos músicos exortou à
indisciplina e fomentou a quebra
de hierarquia, sobre a qual as demissões foram uma resposta.
Cury condenou o que qualificou de "autoritarismo" do diretor
artístico da Osesp e de seu adjunto e disse que a condenação é
compartilhada por músicos de fora da orquestra, no Brasil e no exterior, conforme demonstram
manifestações de solidariedade
que têm sido recebidas.
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