São Paulo, sexta-feira, 06 de setembro de 2002

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MÚSICA/LANÇAMENTOS

"A RUSH OF BLOOD TO THE HEAD"

Grupo lança sucessor de "Parachutes"

Coldplay supera medos e acerta em segundo disco

LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Não apenas uma ou duas vezes, Chris Martin, o carismático vocalista (e guitarrista e pianista) da banda inglesa Coldplay, afirmou não saber se o recém-lançado CD da banda, "A Rush of Blood to the Head", ficou bom ou não.
Este segundo disco da carreira do grupo foi feito e refeito. Martin achava que ele não estava à altura do disco de estréia, o lindo e celebradíssimo "Parachutes" (2000). E diz que ainda não chegou à conclusão se está ou não. A despeito da desconfiança do líder do Coldplay, "A Rush of Blood to the Head" não se mostra hesitante.
O álbum galopa triunfante rumo à marca de 200 mil cópias nos EUA em duas semanas de lojas, cravando seu lugar no disputado Top 5 da parada da Billboard.
Fato raro para um grupo que não é rap, não é metal e é... inglês. Principalmente um inglês de uma timidez criminosamente vulgar que fala nas letras, quase todas elas, sobre estrelas e sobre limites ("lines") que ultrapassou e não deveria ter ultrapassado.
Pelo tratamento dado à chegada do disco no Reino Unido e nos EUA, e pela estratosférica quantidade de vezes que a devastadora canção "In My Place" já tocou nas rádios no mundo todo, não é arriscado dizer que o Coldplay está elevado ao status de megabanda inglesa, sentado ao lado de Radiohead e Oasis.
Martin quase não dormiu de insegurança enquanto gravava essa coleção de 11 lindas canções pop, só por causa da fama do disco anterior. Agora, com o barulho que "A Rush" vem causando com apenas alguns dias de loja, dá para prever que o rapaz não sobreviverá na hora de compor o terceiro disco do Coldplay.


A Rush of Blood to the Head     
Grupo: Coldplay
Lançamento: EMI
Preço: R$ 28, em média



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