São Paulo, sexta-feira, 06 de setembro de 2002

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RUÍDO

Rapper Xis desfaz contrato com Warner

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois do affair Racionais/ Sony, mais um casamento entre rap e grande gravadora acaba precocemente: após um único disco, Xis pediu liberação do contrato com a Warner. A gravadora aceitou.
Xis confirma o rompimento, mas diz que só vai se pronunciar quando voltar ao Brasil (está nos EUA). A Warner é evasiva e diz que o acordo havia se dado mais pelo encanto de seu diretor artístico pelo rapper que por expectativas de venda. Segundo a gravadora, "Fortificando a Desobediência" (2001) vendeu modestas 15 mil cópias.
O rompimento traz outra implicação: disposta a fazer com Xis o primeiro "Acústico" de rap, a MTV afirma que, se ele não tiver gravadora, o projeto fica "praticamente inviável", porque a emissora de TV não tem como arcar sozinha com ele.
Xis estuda a opção de gravar então um disco não acústico, sem saber ainda se por outra grande gravadora ou de volta à independência.

O NÃO-LANÇAMENTO

A numeração começa a sumir do falatório e fica a pergunta: a BMG não reedita a obra de Lobão porque ele é rebelde ou ele fica cada dia mais do contra porque a BMG sentou em cima de seu catálogo e não faz nada com ele? Seja como for, estão fora de órbita o musculoso "Vida Bandida" (87) e quase toda sua discografia na BMG, Virgin e Universal.

RE-RELANÇAMENTOS

A EMI sai na lanterninha da corrida das reedições e repõe em cartaz suas coleções completas de Rita Lee (agora), Milton Nascimento (em outubro) e Paulinho da Viola (novembro). Nos casos de Milton e Paulinho, aproveitam-se os motes dos meses de seus aniversários de 60 anos. As três coleções já haviam saído em CD nos anos 90 e significam apenas reprensagem e reposição de catálogo. Mas o titã Charles Gavin trabalha na seleção de 45 títulos da EMI (a maioria deles inédita em CD) para reedição.

TRAMA DISTRIBUI

A Trama prepara a fundação de uma distribuidora própria, que veiculará (além dos discos independentes de DJ Dolores e Antônio Nóbrega, já na praça) o CD europeu de Marcos Valle (que continua inédito no Brasil) e os selos YBrasil e Instituto. Negocia ainda com a gravadora Albatroz (de Roberto Menescal) e o selo nascente de Kassim (parceiro de Moreno Veloso).

ABRIL TAMBÉM

E a Abril Music, por sua vez, firmou contrato com o selo de black music Regata, que lançou Paula Lima, Seu Jorge e Banda Black Rio e depois sumiu do mapa. Os primeiros lançamentos serão DVD da Black Rio e compilação do cultuado sebo de discos de samba-rock Tony Hits.

psanches@folhasp.com.br


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