São Paulo, sábado, 06 de setembro de 2008 |
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Habemus Bento
É finalmente editada tese inédita de Bento Prado Jr., que morreu
no ano passado e é considerado um dos papas da filosofia da USP
RAFAEL CARIELLO DA REPORTAGEM LOCAL "Parece mentira, mas ainda há filósofos tímidos no Brasil. Bento Prado Jr. é o mais eminente deles." A definição do filósofo Paulo Arantes, no livro em que traça a "formação da cultura filosófica uspiana" ("Um Departamento Francês de Ultramar", Paz e Terra), se refere à hesitação, à aparente indiferença de seu amigo em ver suas obras mais importantes publicadas. Admirado já pelos colegas de graduação no final dos anos 50, Bento Prado Jr. (1937-2007) veio a publicar seu primeiro livro em 1985. Sua tese de livre-docência sobre Henri Bergson (1859-1941), escrita em meados dos anos 60, só apareceu editada 25 anos depois. Mesmo assim, Arantes se refere a ele como "um mestre, para muitos incomparável", além de qualificá-lo como "o melhor de todos nós". O "desfalque" considerável para a cultura brasileira, ainda segundo Arantes, produzido por essa "timidez" será em parte reparado no final deste mês, quando a editora Cosac Naify lança, organizada pelo professor de filosofia da USP Franklin de Mattos, "A Retórica de Rousseau e Outros Ensaios" -obra que esperou mais de três décadas na "gaveta". Texto Anterior: Mônica Bergamo Próximo Texto: Livros: Bento Prado lança luz nova sobre Rousseau Índice |
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