São Paulo, sábado, 06 de setembro de 2008

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Habemus Bento

É finalmente editada tese inédita de Bento Prado Jr., que morreu no ano passado e é considerado um dos papas da filosofia da USP

Caio Guatelli - 15.jun.2000/Folha Imagem
Bento Prado Jr., na biblioteca de sua casa em São Carlos, SP

RAFAEL CARIELLO
DA REPORTAGEM LOCAL

"Parece mentira, mas ainda há filósofos tímidos no Brasil. Bento Prado Jr. é o mais eminente deles."
A definição do filósofo Paulo Arantes, no livro em que traça a "formação da cultura filosófica uspiana" ("Um Departamento Francês de Ultramar", Paz e Terra), se refere à hesitação, à aparente indiferença de seu amigo em ver suas obras mais importantes publicadas.
Admirado já pelos colegas de graduação no final dos anos 50, Bento Prado Jr. (1937-2007) veio a publicar seu primeiro livro em 1985. Sua tese de livre-docência sobre Henri Bergson (1859-1941), escrita em meados dos anos 60, só apareceu editada 25 anos depois.
Mesmo assim, Arantes se refere a ele como "um mestre, para muitos incomparável", além de qualificá-lo como "o melhor de todos nós".
O "desfalque" considerável para a cultura brasileira, ainda segundo Arantes, produzido por essa "timidez" será em parte reparado no final deste mês, quando a editora Cosac Naify lança, organizada pelo professor de filosofia da USP Franklin de Mattos, "A Retórica de Rousseau e Outros Ensaios" -obra que esperou mais de três décadas na "gaveta".


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