São Paulo, domingo, 06 de setembro de 2009

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Metropolitan é destaque de coleção

Museu de Nova York fundado por milionários é tema do 6º volume de série da Folha, que chega às bancas no domingo que vem

Instituição tem primeira pintura de Renoir a entrar em uma coleção pública; modernidade de tela chocou os mais conservadores

DA REPORTAGEM LOCAL

Impressionistas, pós-impressionistas, a maior coleção de arte egípcia fora do Cairo e milhares de objetos de arte greco-romana: abundância e versatilidade são as marcas do Metropolitan Museum of Art, tema do volume 6 da Coleção Folha Grandes Museus do Mundo, que chega às bancas no domingo que vem, dia 13.
O Metropolitan fica em Nova York, num endereço muito célebre para os visitantes da metrópole norte-americana: na elegante Quinta Avenida e de costas para o Central Park.
Seu acervo se assemelha ao dos museus europeus pela riqueza de obras do Velho Continente, deles se diferenciando, contudo, graças à ala americana. Por meio da ambientação do interior de 12 residências, com móveis, esculturas e elementos arquitetônicos, é possível conhecer a vida no país.
A decisão de fundar, nos EUA, uma instituição nacional e galeria de arte nasceu na mesa de um restaurante. E do outro lado do Atlântico.
Mais exatamente, no restaurante Le Pré Catelan, em Paris. Um grupo de norte-americanos havia se reunido por lá para festejar o Dia da Independência de seu país, e o liberal John Jay -que lutara pela emancipação da população negra e organizara o serviço civil dos EUA- lançou a ideia, em 4 de julho de 1866.
A quem olhasse de fora, poderia parecer uma fanfarronice de gente com saudade de casa. Mas não era. De volta aos Estados Unidos, Jay e seus amigos começaram a empreender a tarefa e, em 1870, o Estado de Nova York reconheceu a instituição, recebendo o nome de The Metropolitan Museum of Art.
Ao longo das décadas, o museu foi construindo seu acervo com doações e despertando o interesse dos milionários norte-americanos. No começo do século 20, a independência econômica da instituição foi assegurada por dois acontecimentos independentes e concomitantes.

Fundo
Em 1901, com a morte de Jacob S. Rogers, dono de uma fábrica de locomotivas de Nova Jersey, o Metropolitan recebeu um fundo que, em 1904, quando se tornou efetivamente disponível, chegou a US$ 5 milhões de dólares.
E John Pierpont Morgan, o grande magnata do aço, na época o homem mais rico do mundo, foi eleito como presidente da instituição, mantendo-se no cargo até sua morte, em 1913.
Ele desenvolveu uma política de aquisição de obras-primas de diversos países, de acordo com uma sequência histórica que ilustrasse o percurso da arte através dos séculos.
O encarregado das aquisições, nessa época, era o crítico e pintor inglês Roger Fry, que comprou, em 1907, "Madame Georges Charpentier e seus Filhos Georgette-Berthe e Paul-Émile-Charles".
Foi o primeiro quadro do francês Pierre-Auguste Renoir (1841-1919) a entrar numa coleção pública, causando celeuma entre os conservadores devido à modernidade da obra.
A tela de Renoir é um dos destaques do volume 6 da Coleção Folha. A retratada, cujo nome de solteira era Margueritte Lemonnier, casou-se com o mais célebre editor parisiense, Georges Charpentier, e apoiou os pintores impressionistas.
No dia 20, a Coleção Folha destacará o famoso Museu D'Orsay, em Paris.


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