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Metropolitan é destaque de coleção
Museu de Nova York fundado por milionários é tema do 6º volume de série da Folha, que chega às bancas no domingo que vem
Instituição tem primeira pintura de Renoir a entrar em uma coleção pública; modernidade de tela chocou os mais conservadores
DA REPORTAGEM LOCAL
Impressionistas, pós-impressionistas, a maior coleção
de arte egípcia fora do Cairo e
milhares de objetos de arte greco-romana: abundância e versatilidade são as marcas do Metropolitan Museum of Art, tema do volume 6 da Coleção Folha Grandes Museus do Mundo, que chega às bancas no domingo que vem, dia 13.
O Metropolitan fica em Nova
York, num endereço muito célebre para os visitantes da metrópole norte-americana: na
elegante Quinta Avenida e de
costas para o Central Park.
Seu acervo se assemelha ao
dos museus europeus pela riqueza de obras do Velho Continente, deles se diferenciando,
contudo, graças à ala americana. Por meio da ambientação
do interior de 12 residências,
com móveis, esculturas e elementos arquitetônicos, é possível conhecer a vida no país.
A decisão de fundar, nos
EUA, uma instituição nacional
e galeria de arte nasceu na mesa
de um restaurante. E do outro
lado do Atlântico.
Mais exatamente, no restaurante Le Pré Catelan, em Paris.
Um grupo de norte-americanos havia se reunido por lá para
festejar o Dia da Independência de seu país, e o liberal John
Jay -que lutara pela emancipação da população negra e organizara o serviço civil dos
EUA- lançou a ideia, em 4 de
julho de 1866.
A quem olhasse de fora, poderia parecer uma fanfarronice
de gente com saudade de casa.
Mas não era. De volta aos Estados Unidos, Jay e seus amigos
começaram a empreender a tarefa e, em 1870, o Estado de Nova York reconheceu a instituição, recebendo o nome de The
Metropolitan Museum of Art.
Ao longo das décadas,
o museu foi construindo seu
acervo com doações e despertando o interesse dos milionários norte-americanos. No começo do século 20, a independência econômica da instituição foi assegurada por dois
acontecimentos independentes e concomitantes.
Fundo
Em 1901, com a morte de Jacob S. Rogers, dono de uma fábrica de locomotivas de Nova
Jersey, o Metropolitan recebeu
um fundo que, em 1904, quando se tornou efetivamente disponível, chegou a US$ 5 milhões de dólares.
E John Pierpont Morgan, o
grande magnata do aço, na época o homem mais rico do mundo, foi eleito como presidente
da instituição, mantendo-se no
cargo até sua morte, em 1913.
Ele desenvolveu uma política
de aquisição de obras-primas
de diversos países, de acordo
com uma sequência histórica
que ilustrasse o percurso da arte através dos séculos.
O encarregado das aquisições, nessa época, era o crítico e
pintor inglês Roger Fry, que
comprou, em 1907, "Madame
Georges Charpentier e seus Filhos Georgette-Berthe e Paul-Émile-Charles".
Foi o primeiro quadro do
francês Pierre-Auguste Renoir
(1841-1919) a entrar numa coleção pública, causando celeuma
entre os conservadores devido
à modernidade da obra.
A tela de Renoir é um dos
destaques do volume 6 da Coleção Folha. A retratada, cujo nome de solteira era Margueritte
Lemonnier, casou-se com o
mais célebre editor parisiense,
Georges Charpentier, e apoiou
os pintores impressionistas.
No dia 20, a Coleção Folha
destacará o famoso Museu
D'Orsay, em Paris.
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