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Autor planeja sua "imortalidade"
DA SUCURSAL DO RIO
Paulo Coelho não esconde um
projeto para os próximos anos:
tornar-se membro da Academia
Brasileira de Letras. Não fala diretamente em uma candidatura,
mas não nega sua possibilidade.
"É o sonho de qualquer escritor,
digam o que disserem. Claro que
eu me sentiria profundamente
honrado em um dia participar da
ABL. Mas não é para agora."
Ele admite que tem feito um trabalho de aproximação com os
membros da ABL e conta que recentemente recebeu em um jantar
três imortais que já foram presidentes da casa: Josué Montello,
Nélida Piñon e Tarcísio Padilha
(atual presidente, em licença para
tratamento de saúde).
"Considero a Academia uma
das poucas instituições respeitáveis do país", diz.
Não foi à toa que a sede da instituição, no centro do Rio, foi escolhida para a tarde de autógrafos
de lançamento do livro.
Situação inédita para o escritor,
que nunca fez sessão de autógrafos para lançar seus livros. Costuma autografar seus trabalhos em
feiras ao redor do mundo.
"Sempre me cobravam isso,
uma tarde de autógrafos, mas
nunca tive vontade. Agora tive."
A idéia surgiu de uma conversa
com Roberto Feith, dono da editora Objetiva. "Eu pensei nisso e
ele gostou. Disse que os acadêmicos são pessoas abertas, o que se
comprovou quando aceitaram
abrir a casa para mim. E o povo
não conhece a ABL. Então por
que não unir as duas coisas?".
O presidente em exercício da
ABL, Carlos Nejar, pediu reforço
na segurança e pessoal de apoio.
E, por exigência de Coelho, haverá um "reforço" para os leitores.
"Pedi para comprarem 1.000 copinhos de água e 1.000 latinhas de
refrigerante. Não posso deixar as
pessoas com sede na fila. Na França, meu editor serviu champanhe,
mas aqui não dá", diz, rindo.
Lançamento: O Demônio e a Srta. Prym
Onde: ABL (avenida Presidente Wilson,
203, centro do Rio)
Quando: hoje, a partir das 17h
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