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CRÍTICA COMÉDIA
Ficção antiquada trata da ditadura na Romênia de Ceausescu
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
O problema de certos filmes, tipo "Como Eu Festejei o Fim do Mundo" (TC
Cult, 3h25, 12 anos) é que,
quando um país sai da ditadura, certas coisas acabam
passando por verdade e chegam a nós -tão distantes da
Europa oriental- como algo
em que devemos acreditar.
Em outras palavras, é ficção antiquada. Aqui temos
uma estudante na Romênia
dominada por Ceausescu.
Ela vai parar numa instituição correcional do tipo em
que se hasteia a bandeira.
O melhor é aquilo em que
dificilmente se pode mentir:
os carros, as ruas, a impressão geral de desleixo, típica
dos países-satélite socialistas. Ceausescu e sua disciplina, claro, surgem como
monstros. A ficção é seca e
suportável, no entanto.
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