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Demi Moore veste farda em "Até o Limite da Honra"
da enviada especial a Los Angeles
Corpo de soldado, disciplina de
soldado e jeito de soldado garantiram à atriz Demi Moore o único
papel em que seu corpo malhado
pode ser bem aproveitado.
Em "Até o Limite da Honra" ela
interpreta a primeira mulher aceita pela elite da Marinha dos EUA.
No filme e na vida real, 60% dos
candidatos falham em completar o
que é conhecido como o mais exigente e mais cruel treinamento do
mundo militar.
O enredo desenvolvido pela roteirista Danielle Alexandra se inspirou em polêmicas recentes envolvendo aceitação de mulheres
em tropas de combate americanas.
O filme estreou nos EUA na mesma semana em que a primeira
classe a aceitar mulheres no Instituto Militar de Virginia foi saudada com 30 ratazanas mortas pelos
colegas homens veteranos.
A trama do filme envolve politicagens da feminista e inescrupulosa senadora Lilian DeHaven, interpretada com precisão por Anne
Bancroft.
Há um pouco de amor na relação
entre G.I. Jane e seu namorado,
que passam idílicos fins de tarde
fumando charutos e bebendo uísque na varanda, ambos vestidos
com roupa de baixo branco-militar. E a poesia de D.H. Lawrence
inspira o temível comandante-chefe. "Nunca vi um ser selvagem com pena de si mesmo", é a
citação que dá o tom do filme.
Apesar de tantos detalhes melosos, "Até o Limite da Honra" promove o velho chavão que prega
que mulheres têm que agir como
homens para serem aceitas no
mundo deles.
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