|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
CRÍTICA COMÉDIA
"Se Beber Não Case" respeita o público sem pedantismo
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
"Se Beber Não Case"
(HBO, 21h, 16 anos) é um desses raros casos de comédia
que se baseia na linguagem.
Ou, ao menos, numa figura
de linguagem, a elipse.
Tudo se passa no espaço
de poucas horas, quando um
grupo de amigos promove
uma despedida de solteiro
em Las Vegas. O que é o melhor: Todd Phillips, autor do
filme, tem a gentileza de nos
privar das baixezas e baixarias que esse tipo de celebração promete.
Não sabemos praticamente nada do que acontece. Só
vamos nos deparar, como os
interessados, aliás, com traços do que terá sido essa noite de farra e, sobretudo, com
a necessidade de reconstituir
o que poderia ter acontecido,
condição indispensável para
encontrar ninguém menos
que o noivo (e o casamento
rola dali a pouco).
Sem falsas profundidades,
mas com imaginação, Phillips mostra que é possível
respeitar o público sem invadir o perigoso território do
pedantismo.
Texto Anterior: Laertevisão Próximo Texto: Melhor do dia Índice | Comunicar Erros
|