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Personagens vêm de sonhos
ADRIANE GRAU
em San Francisco
Quando o visual de "O
Corvo" apareceu para ele
em sonhos, o diretor Alex
Proyas não imaginou que a
história do roqueiro que
volta da morte para vingar a
namorada iria se transformar em pesadelo.
O ator Brandon Lee morreu apenas três dias antes de
se encerrarem as filmagens
e Proyas deixou de lado o
projeto. Depois resolveu
editar e lançar o filme.
Desde então Proyas vem
se dedicando a comerciais e
clipes. Disposto a se dar
uma segunda chance, o diretor nascido no Egito fez
"Cidade das Sombras". Ele
recebeu a Folha para uma
entrevista exclusiva.
Folha - "Cidade das Sombras" é uma mistura de ficção científica e filme noir.
Alex Proyas - Começou
mais filme noir que ficção
científica. Antes a história
era contada pela perspectiva do detetive interpretado
por William Hurt. Aí surgiram os seres que controlam
a cidade e logo tínhamos
uma ficção científica.
Como cria os personagens?
Proyas - Eu sonho com
eles.
Folha - Como escolhe as
trilhas sonoras?
Proyas - A trilha deste filme foi feita por um compositor. Mas a de "O Corvo"
reunia várias bandas.
Folha - Você tem talento
em descobrir atores. Foi o
caso de Brandon Lee, e agora é Rufus Sewell.
Proyas - Pois é. Mas pouca
gente sabe que eu também
descobri Cameron Diaz
quando a coloquei num comercial da Coca-Cola.
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