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CRÍTICA
Versões são "playground" para Derrick
DA REPORTAGEM LOCAL
Não é só um "caça-níquel",
como se referiram os integrantes do Sepultura a "Under a
Pale Grey Sky", álbum com o último show de Max na banda lançado recentemente pela Roadrunner. "Revolusongs" é um sinal positivo do Sepultura de que, apesar
de todas as reviravoltas, a banda
continua na ativa.
Se "Messiah", clássico oitentista
da pesadona Hellhammer, e "Piranha", do Exodus, permitem que
Igor, Andreas e Paulo pisem em
terreno conhecido e aprovado
por fãs da fase mais antiga da banda, são ao mesmo tempo um desafio para Derrick gritar mais e
mais alto do que Max.
Surpresa, surpresa mesmo, é
ver o Sepultura encarando um
"Angel", do Massive Attack. Começo lentinho, bem semelhante
ao trip hop cool de 3-D, mas, logo,
as guitarras industriais ao fundo
dão a dica do que vem pela frente:
garganta, bateria e baixo.
O mesmo acontece com "Bullet
the Blue Sky", do U2. Grave demais para Bono Vox, o que Derrick empresta aqui do irlandês é a
sua atitude politizada. É a faixa de
trabalho de "Revolusongs", já tem
clipe sendo rodado e deve contribuir para reforçar a idéia -nem
tão correta- de que o Sepultura
continua em pé de guerra com o
mundo.
"Black Steel in the Hour of
Chaos" (Public Enemy), com participação de Sabotage, "Mongoloid" (Devo) e "Mountain Song"
(Janes Addiction) completam o
disco, na verdade um EP, de pouco menos de meia hora. Bom
até..., mas Sepultura, mesmo, só
no ano que vem.
(DIEGO ASSIS)
Revolusongs
Artista: Sepultura
Gravadora: FNM
Quanto: R$ 25, em média
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