São Paulo, sexta-feira, 06 de dezembro de 2002

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CRÍTICA

Versões são "playground" para Derrick

DA REPORTAGEM LOCAL

Não é só um "caça-níquel", como se referiram os integrantes do Sepultura a "Under a Pale Grey Sky", álbum com o último show de Max na banda lançado recentemente pela Roadrunner. "Revolusongs" é um sinal positivo do Sepultura de que, apesar de todas as reviravoltas, a banda continua na ativa.
Se "Messiah", clássico oitentista da pesadona Hellhammer, e "Piranha", do Exodus, permitem que Igor, Andreas e Paulo pisem em terreno conhecido e aprovado por fãs da fase mais antiga da banda, são ao mesmo tempo um desafio para Derrick gritar mais e mais alto do que Max.
Surpresa, surpresa mesmo, é ver o Sepultura encarando um "Angel", do Massive Attack. Começo lentinho, bem semelhante ao trip hop cool de 3-D, mas, logo, as guitarras industriais ao fundo dão a dica do que vem pela frente: garganta, bateria e baixo.
O mesmo acontece com "Bullet the Blue Sky", do U2. Grave demais para Bono Vox, o que Derrick empresta aqui do irlandês é a sua atitude politizada. É a faixa de trabalho de "Revolusongs", já tem clipe sendo rodado e deve contribuir para reforçar a idéia -nem tão correta- de que o Sepultura continua em pé de guerra com o mundo.
"Black Steel in the Hour of Chaos" (Public Enemy), com participação de Sabotage, "Mongoloid" (Devo) e "Mountain Song" (Janes Addiction) completam o disco, na verdade um EP, de pouco menos de meia hora. Bom até..., mas Sepultura, mesmo, só no ano que vem. (DIEGO ASSIS)

Revolusongs



   
Artista: Sepultura
Gravadora: FNM
Quanto: R$ 25, em média



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