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Brasil vai a Havana com 40 filmes
MARCELO BARTOLOMEI
DA FOLHA ONLINE
A boa fase dos filmes brasileiros
está em Cuba, reconhecida por ter
uma das mais engajadas escolas
de cinema do mundo. O país sedia até dia 13 o 24º Festival de Cine
Latino-Americano de Havana,
com a exibição de 40 produções
nacionais, 24 em competição.
O número de brasileiros na disputa é maior que o de outros países. Cuba, por exemplo, tem 21 filmes na competição; Argentina
tem 18; México, 16; e Chile, nove.
"Cidade de Deus", de Fernando
Meirelles, "Madame Satã", de Karim Aïnouz, "O Invasor", de Beto
Brant, "As Três Marias", de Aluízio Abranches, "Uma Vida em Segredo", de Suzana Amaral, e "Abril Despedaçado", de Walter
Salles, competem na categoria
principal com 16 filmes latinos.
O gaúcho "Netto Perde Sua Alma", de Beto Souza e Tabajara
Ruas, disputa o prêmio de novos
realizadores ao lado de "Madame
Satã" e de outros 15 longas latinos,
entre eles o mexicano "Japón".
Sem contar a possível indicação
de "Cidade de Deus" ao Oscar, há
um certo favoritismo pelo filme
de Aïnouz, embalado pelas calorosas recepções que teve em Cannes e nos demais festivais internacionais onde foi exibido. "Quero
saber como o público vai reagir ao
filme", disse o diretor, que embarca para Cuba amanhã.
Fernando Meirelles não vai. César Charlone, diretor de fotografia
do filme, o representará.
Entre os nacionais há também
curtas, filmes de animação e documentários, recentes e antigos.
Apesar de ser dedicado ao cinema latino, o festival também faz
sessões especiais de outros países.
Os EUA, que mantêm embargo
comercial ao país do ditador Fidel
Castro, apresentam 52 obras.
Homenagem
O cineasta brasileiro Glauber
Rocha, "pai" do cinema novo, é
homenageado no Festival de Havana. Quatro dos seus filmes
-"Barravento" (61), "Deus e o
Diabo na Terra do Sol" (64), "Antonio das Mortes" (69) e "Terra
em Transe" (67)- e o recente
"Rocha que Voa", de Erik Rocha
(2001), serão exibidos.
Veja a lista dos brasileiros exibidos em
Cuba em www.folha.com.br/ilustrada
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