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Cine Belas Artes sobrevive mais 30 dias
DA REPORTAGEM LOCAL
O tradicional cinema paulistano Belas Artes, cujo fechamento
havia sido anunciado para hoje,
ganhou uma sobrevida de 30 dias.
"Estabelecemos esse prazo para
tentar reverter a situação. É um fio
de esperança", afirma Marcelo
Mendes, sócio do Grupo Estação,
que administra o cinema junto
com a empresa Alvorada.
Os sócios -que afirmam ter
prejuízo há um ano e meio, período em que investiram "R$ 1 milhão somente para mantê-lo aberto"- negociam em duas frentes,
na tentativa de garantir a viabilidade financeira do negócio.
Há conversas em andamento
com uma terceira empresa do ramo de cinema, interessada em se
juntar à sociedade ou comprá-la.
Paralelamente, os administradores tentam obter uma redução
no valor do aluguel do imóvel, situado na rua da Consolação, na
região da avenida Paulista.
Mendes diz que o preço cobrado atualmente estaria 100% acima
da média do mercado.
O Belas Artes existe há 35 anos.
As seis salas necessitam de reforma e modernização. Os administradores têm um projeto para reformá-lo, orçado em R$ 6 milhões. "O projeto foi bem aceito
por várias empresas, mas ainda
não conseguimos um patrocinador", afirma Mendes.
A definição sobre o fechamento
do Belas Artes foi adiada por um
mês, considerando que é em dezembro, após o balanço financeiro, que a maioria das empresas
decide seus investimentos em patrocínio cultural.
(SA)
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