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ILUSTRADA
Valor é 114% superior ao repasse do ano passado
BNDES libera R$ 15 milhões para investimento em cinema nacional
MURILO FIUZA DE MELO
DA SUCURSAL DO RIO
O BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social) anunciou ontem a liberação de R$ 15 milhões a serem investidos em 41 filmes (26 longas
de ficção e 15 documentários).
O investimento é 114% superior
ao repasse para o setor no ano
passado -R$ 7 milhões. Ao todo,
o banco recebeu 325 projetos, entre 167 filmes de ficção e 158 documentários. Dos 41 selecionados,
dez são de cineastas estreantes.
Presente à solenidade, o ator e
cineasta Paulo Betti, um dos escolhidos, elogiou o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, de quem disse ser "amigo pessoal". O longa
"Cafundó", de Betti e Clóvis Bueno, foi um dos 16 filmes contemplados com o maior incentivo
concedido -R$ 500 mil.
Em julho de 2001, Betti rompeu
com o PT, acusando Lula e o partido de não demonstrarem interesse pela cultura. Na ocasião, ele
se aproximou do então presidente
Fernando Henrique Cardoso e
disse que votaria em um candidato tucano para presidente.
Depois, afirmou estar "arrependido", mas não chegou a fazer
campanha para Lula. Neste ano,
Betti se encontrou uma vez com o
presidente. "O Lula é meu amigo
pessoal. Quando dou bronca, dou
bronca, mas sempre me afinei
com o PT. Acho que o ministro
[Gilberto] Gil [Cultura] está fazendo um excelente trabalho."
Segundo o presidente do
BNDES, Carlos Lessa, o aumento
do incentivo para o cinema reflete
uma nova visão do banco de considerar o setor um importante gerador de empregos. De 95 a 2003,
o BNDES investiu R$ 55,7 milhões
na realização de 197 filmes.
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