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São Paulo, sábado, 06 de dezembro de 2003

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ILUSTRADA

Valor é 114% superior ao repasse do ano passado

BNDES libera R$ 15 milhões para investimento em cinema nacional

MURILO FIUZA DE MELO
DA SUCURSAL DO RIO

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou ontem a liberação de R$ 15 milhões a serem investidos em 41 filmes (26 longas de ficção e 15 documentários).
O investimento é 114% superior ao repasse para o setor no ano passado -R$ 7 milhões. Ao todo, o banco recebeu 325 projetos, entre 167 filmes de ficção e 158 documentários. Dos 41 selecionados, dez são de cineastas estreantes.
Presente à solenidade, o ator e cineasta Paulo Betti, um dos escolhidos, elogiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem disse ser "amigo pessoal". O longa "Cafundó", de Betti e Clóvis Bueno, foi um dos 16 filmes contemplados com o maior incentivo concedido -R$ 500 mil.
Em julho de 2001, Betti rompeu com o PT, acusando Lula e o partido de não demonstrarem interesse pela cultura. Na ocasião, ele se aproximou do então presidente Fernando Henrique Cardoso e disse que votaria em um candidato tucano para presidente.
Depois, afirmou estar "arrependido", mas não chegou a fazer campanha para Lula. Neste ano, Betti se encontrou uma vez com o presidente. "O Lula é meu amigo pessoal. Quando dou bronca, dou bronca, mas sempre me afinei com o PT. Acho que o ministro [Gilberto] Gil [Cultura] está fazendo um excelente trabalho."
Segundo o presidente do BNDES, Carlos Lessa, o aumento do incentivo para o cinema reflete uma nova visão do banco de considerar o setor um importante gerador de empregos. De 95 a 2003, o BNDES investiu R$ 55,7 milhões na realização de 197 filmes.


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