|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SÉRIE
"Casa" revela visão feminina sobre a guerra
BRUNO YUTAKA SAITO
DA REDAÇÃO
Após um ano em que as novelas
da Globo não conseguiram repetir os desempenhos de produções
anteriores, a primeira grande estréia televisiva de 2003 chega com
pretensões nada modestas.
"A Casa das Sete Mulheres",
macrossérie em 52 capítulos que
começa a ser exibida hoje, é definida pela emissora como "superprodução que vai marcar época".
Na missão de tornar "Casa" um
marco, estão os autores Walther
Negrão e Maria Adelaide Amaral,
aqui em mais uma empreitada
com cheiro de livros de história.
Desta vez, a série em questão é
baseada em um livro homônimo
da escritora gaúcha Letícia Wierzchowski. Com cenas de batalha ao
ar livre que chegaram a reunir 400
cavaleiros/figurantes, a história se
passa entre 1835 e 1845, durante a
Revolução Farroupilha, movimento de independência do Rio
Grande do Sul. As sete mulheres
do título são familiares do líder
dos rebeldes, Bento Gonçalves
(Werner Schünemann), que passam o período em uma estância,
vivendo os dramas da espera pelo
término da guerra.
"Este é o meu trabalho mais difícil até hoje, com cenas de batalha
complicadíssimas. Os norte-americanos são especialistas nisso;
nós, brasileiros, não temos muita
prática, estamos aprendendo aos
poucos", diz o diretor Jayme
Monjardim.
Na série, foram feitas modificações para a linguagem televisiva,
como uma ênfase maior no par
central da trama, formado pelo
revolucionário italiano Garibaldi
(Thiago Lacerda) e Anita (Giovanna Antonelli). "Aqui, o texto é
de menos", brinca Amaral.
A Globo divulga um custo de R$
200 mil por episódio, o dobro de
um capítulo de novela. Monjardim diz que não sente pressões
por boas audiências. "Tudo na
TV é cíclico. Não acho que a Globo e "Esperança" estejam mal. Se
você fizer um balanço, vai verificar que em 2002 a emissora teve
uma das maiores audiências dos
últimos cinco anos", diz.
A CASA DAS SETE MULHERES. Quando:
de ter. a sex. às 23h, na Globo.
Texto Anterior: Soft Cell mostra ao vivo de onde veio o electro Próximo Texto: Bernardo Carvalho: Teatro do indizível Índice
|