São Paulo, terça-feira, 07 de janeiro de 2003

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SÉRIE

"Casa" revela visão feminina sobre a guerra

BRUNO YUTAKA SAITO
DA REDAÇÃO

Após um ano em que as novelas da Globo não conseguiram repetir os desempenhos de produções anteriores, a primeira grande estréia televisiva de 2003 chega com pretensões nada modestas.
"A Casa das Sete Mulheres", macrossérie em 52 capítulos que começa a ser exibida hoje, é definida pela emissora como "superprodução que vai marcar época".
Na missão de tornar "Casa" um marco, estão os autores Walther Negrão e Maria Adelaide Amaral, aqui em mais uma empreitada com cheiro de livros de história.
Desta vez, a série em questão é baseada em um livro homônimo da escritora gaúcha Letícia Wierzchowski. Com cenas de batalha ao ar livre que chegaram a reunir 400 cavaleiros/figurantes, a história se passa entre 1835 e 1845, durante a Revolução Farroupilha, movimento de independência do Rio Grande do Sul. As sete mulheres do título são familiares do líder dos rebeldes, Bento Gonçalves (Werner Schünemann), que passam o período em uma estância, vivendo os dramas da espera pelo término da guerra.
"Este é o meu trabalho mais difícil até hoje, com cenas de batalha complicadíssimas. Os norte-americanos são especialistas nisso; nós, brasileiros, não temos muita prática, estamos aprendendo aos poucos", diz o diretor Jayme Monjardim.
Na série, foram feitas modificações para a linguagem televisiva, como uma ênfase maior no par central da trama, formado pelo revolucionário italiano Garibaldi (Thiago Lacerda) e Anita (Giovanna Antonelli). "Aqui, o texto é de menos", brinca Amaral.
A Globo divulga um custo de R$ 200 mil por episódio, o dobro de um capítulo de novela. Monjardim diz que não sente pressões por boas audiências. "Tudo na TV é cíclico. Não acho que a Globo e "Esperança" estejam mal. Se você fizer um balanço, vai verificar que em 2002 a emissora teve uma das maiores audiências dos últimos cinco anos", diz.


A CASA DAS SETE MULHERES. Quando: de ter. a sex. às 23h, na Globo.


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