São Paulo, quarta-feira, 07 de fevereiro de 2001

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Projeto visa exportar nacionais/b>

DA REPORTAGEM LOCAL


Além de "Latitude Zero" e "Memórias Póstumas", Berlim verá outros 11 títulos brasileiros de longa-metragem -"Amélia", "Cronicamente Inviável", "Cruz e Souza - O Poeta do Desterro", "O Auto da Compadecida", "O Chamado de Deus", "Quase Nada", "Senta a Pua!", "Tônica Dominante", "Urbania", "Villa-Lobos -°Uma Vida de Paixão" e "2000 Nordestes"-, em 26 projeções, de hoje ao dia 18.
O público, nesse caso, é exclusivamente de executivos de distribuição cinematográfica, convidados pela agência Brazilian Cinema Promotion, que aproveita o caráter de feira de negócios do festival para impulsionar suas vendas.
A agência é uma associação do Grupo Novo de Cinema, que já atuava na distribuição internacional de filmes nacionais, com a Apex (Agência de Promoção de Exportações), vinculada ao sistema Sebrae. Formada recentemente, a sociedade envolve 60 produtores e 120 filmes e tem previsão de investimentos de R$ 3 milhões este ano na exportação de filmes nacionais nos formatos de película, vídeo e DVD.
O objetivo é que a Brazilian Cinema Promotion "induza a formação de uma grande distribuidora brasileira internacional", de acordo com Dorothéa Werneck, diretora-executiva da Apex. "A indústria do entretenimento é um dos principais itens da pauta de exportações dos Estados Unidos. É muito difícil para um produtor sozinho quebrar esse domínio. A idéia é que o trabalho em bloco facilite a tarefa", diz Dorothéa.
Tarcísio Vidigal, presidente da Brazilian Cinema Promotion, está convencido de que "o cinema brasileiro tem grande apelo, embora as trocas comerciais no setor tenham registrado déficit de meio bilhão de dólares para o Brasil em 1998".
A Brazilian Cinema Promotion deve investir US$ 100 mil na promoção dos filmes que representa em Berlim. E reserva para o Festival de Cannes, em maio, sua maior operação. "Cannes é a grande vitrine do cinema mundial, e foi lá que vi o efeito "Central do Brasil'", diz Vidigal.
"Naquele ano (1998), meu estande de vendas em Cannes foi procurado por 268 executivos estrangeiros, em busca de um filme brasileiro", afirma.
Dorothéa Werneck informa que a Apex estuda projetos semelhantes de promoção internacional de produtos brasileiros nos setores literário e discográfico. (SA)


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