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ESPECIAL
Produções americanas sofrem crise
DA REDAÇÃO
Durante a década de 90, as séries norte-americanas tiveram
seus melhores momentos, com
altos índices de audiência, vendas
para países estrangeiros e astros
com salários milionários. O ano
de 2003 anuncia uma nova fase,
nem tão gloriosa assim.
A quantidade de anúncios de
cancelamentos (confirmados ou
não) de séries que reinaram absoluto na última década indica o fim
de um ciclo. Por diferentes razões,
mas muitas vezes esbarrando na
relação custo/audiência, entram
na lista séries que têm grande
quantidade de fãs também no
Brasil, como "Friends", "Dawson's Creek", "Sex and the City",
"Buffy" e "Frasier".
Segundo reportagem publicada
no jornal "The New York Times",
o desempenho dessas séries fora
dos EUA é determinante para o
prosseguimento ou cancelamento de certas produções. As produções norte-americanas têm perdido espaço em outros países devido a fatores como a preferência
do público por temas mais ligados
à realidade local e os altos preços
cobrados pelos estúdios dos EUA
pelas vendas de direitos de exibição das séries.
A situação teria sido agravada
pelo aumento da competição entre canais privatizados recentemente na Ásia e na Europa. Como
precisam preencher horas de programação, esses canais encontram nos EUA seu maior fornecedor. Os grandes estúdios norte-americanos teriam então inflacionado os preços e forçado as redes
estrangeiras a comprar séries menos populares caso quisessem os
produtos mais populares.
Executivos norte-americanos
têm reparado que, nos países estrangeiros, as séries dos EUA ficam restritas à TV a cabo ou horários pouco atraentes. No Brasil,
por exemplo, "Família Soprano"
e "West Wing" são exibidas no
fim da noite no SBT.
Enquanto o ritmo das vendas
internacionais cai, os executivos
repensam os custos de suas produções. Segundo Michael Grindon, presidente da Sony Pictures
Television Internacional, despesas de produção da empresa foram cortadas em dois terços.
A saída tem sido a criação de
centros de produção em países estrangeiros. No Brasil, há os exemplos de parcerias entre Sony e Record (com os games "Roleta Russa" e "No Vermelho") e Fox e SBT
(com o "reality show" "Ilha da Sedução").
Com agências internacionais
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