UOL


São Paulo, sexta-feira, 07 de fevereiro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ESPECIAL

Produções americanas sofrem crise

DA REDAÇÃO

Durante a década de 90, as séries norte-americanas tiveram seus melhores momentos, com altos índices de audiência, vendas para países estrangeiros e astros com salários milionários. O ano de 2003 anuncia uma nova fase, nem tão gloriosa assim.
A quantidade de anúncios de cancelamentos (confirmados ou não) de séries que reinaram absoluto na última década indica o fim de um ciclo. Por diferentes razões, mas muitas vezes esbarrando na relação custo/audiência, entram na lista séries que têm grande quantidade de fãs também no Brasil, como "Friends", "Dawson's Creek", "Sex and the City", "Buffy" e "Frasier".
Segundo reportagem publicada no jornal "The New York Times", o desempenho dessas séries fora dos EUA é determinante para o prosseguimento ou cancelamento de certas produções. As produções norte-americanas têm perdido espaço em outros países devido a fatores como a preferência do público por temas mais ligados à realidade local e os altos preços cobrados pelos estúdios dos EUA pelas vendas de direitos de exibição das séries.
A situação teria sido agravada pelo aumento da competição entre canais privatizados recentemente na Ásia e na Europa. Como precisam preencher horas de programação, esses canais encontram nos EUA seu maior fornecedor. Os grandes estúdios norte-americanos teriam então inflacionado os preços e forçado as redes estrangeiras a comprar séries menos populares caso quisessem os produtos mais populares.
Executivos norte-americanos têm reparado que, nos países estrangeiros, as séries dos EUA ficam restritas à TV a cabo ou horários pouco atraentes. No Brasil, por exemplo, "Família Soprano" e "West Wing" são exibidas no fim da noite no SBT.
Enquanto o ritmo das vendas internacionais cai, os executivos repensam os custos de suas produções. Segundo Michael Grindon, presidente da Sony Pictures Television Internacional, despesas de produção da empresa foram cortadas em dois terços.
A saída tem sido a criação de centros de produção em países estrangeiros. No Brasil, há os exemplos de parcerias entre Sony e Record (com os games "Roleta Russa" e "No Vermelho") e Fox e SBT (com o "reality show" "Ilha da Sedução").


Com agências internacionais


Texto Anterior: "Um amor...": Obviedades e mais obviedades
Próximo Texto: Erika Palomino
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.