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RUÍDO
Gravadoras passam por troca-troca geral
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado fonográfico nacional segue sacudido por fortes
modificações. Marcelo Castello
Branco oficializou sua saída da
presidência da Universal, rumo
a cargo equivalente na unidade
espanhola da multinacional.
A Universal brasileira confirma que "existe convite" para
que o cargo seja ocupado por
Luiz Oscar Niemeyer, atual presidente da BMG, que não se posiciona frente aos rumores.
O posto vago seria então o da
BMG, que boatos de mercado
entregam ora a um executivo da
filial do México, ora a Aloysio
Reis (ex-EMI, atualmente fora
do baralho), ora ao presidente
da Sony, José Antonio Eboli
(que nega qualquer convite).
É especulado também o nome
de Marcos Maynard, presidente
da Abril Music até sua extinção,
na última quarta-feira. Mas seu
nome perde força após o fracasso das negociações de venda da
Abril para a BMG e devido ao
montante da dívida deixada,
que seria de R$ 18 milhões. A
Abril teria sido colocada à venda
por US$ 5 milhões.
Computados dívida, patrimônio e o diminuto catálogo da
Abril, a BMG teria concluído
que o negócio não valia a pena
-embora não descarte negociar a compra do catálogo. Ao
Grupo Abril não restou alternativa a não ser fechar a gravadora,
que tinha no elenco Titãs, Capital Inicial, Erasmo Carlos e Harmonia do Samba, entre outros.
O NÃO-LANÇAMENTO
Jovem violonista paulista,
Leandro Carvalho já gravou
com Baden Powell, lançou
luz sobre a obra esquecida
de João Pernambuco e agora
faz o mesmo pela música
caipira de João Pacífico
-tudo isso na total independência das grandes gravadoras. O disco contém
poemas recitados pelo próprio Pacífico pouco antes de
sua morte (em 1998), além
de participações vocais de
Jair Rodrigues e Trovadores
Urbanos. Informações pelo
tel. 0/xx/11/3884-4869 ou pelo e-mail leandrofrc@uol.com.br.
MZA SEM A ABRIL
A extinção da Abril Music
deixa em suspense o elenco do
selo independente MZA, que
firmara há um ano acordo de
distribuição e divisão de custos
de produção com a gravadora.
Nesse elenco estão Chico
César, Zeca Baleiro, Rita
Ribeiro e Bebeto, entre outros.
Segundo Marco Mazzola,
dono da MZA, tudo continua
como era antes, com seus
artistas produzindo
independentemente e a
distribuição dos CDs sendo
negociada com outras
gravadoras.
GAL SEM A ABRIL
A mais recente contratação
de peso da associação MZA/
Abril havia sido a de Gal Costa,
que lançou em dezembro seu
primeiro trabalho por aqueles
selos. Segundo Mazzola, a
cantora entra em estúdio em
julho de qualquer forma, para
gravar um novo disco pelo selo
MZA, a ser lançado ainda neste
ano. Contrariando afirmações
da artista em 2001, de que
faltariam novos bons
compositores no mercado, Gal
planeja gravar exclusivamente
jovens autores.
MARTINHO COMPLETO
Dos 18 discos de Martinho da
Vila que a BMG tem em seu
poder, dez estavam fora de
catálogo. Pertencentes à fase
que vai desde o clássico
"Maravilha de Cenário" (75)
até "Coração Malandro" (87),
estão sendo reeditados agora
pela BMG, em ritmo pré-carnavalesco.
psanches@folhasp.com.br
MARIA RITA SE DECIDE
Maria Rita Mariano optou
pela Warner Music, de quem
está contratada desde sexta-feira passada. A filha de Elis
Regina estréia na semana que
vem sua primeira temporada
solo, para fazer laboratório de
repertório para o disco de
estréia. Selecionou "Seduzir",
de Djavan, e "Silêncio das
Estrelas", de Lenine.
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