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São Paulo, sexta-feira, 07 de fevereiro de 2003

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RUÍDO

Gravadoras passam por troca-troca geral

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado fonográfico nacional segue sacudido por fortes modificações. Marcelo Castello Branco oficializou sua saída da presidência da Universal, rumo a cargo equivalente na unidade espanhola da multinacional.
A Universal brasileira confirma que "existe convite" para que o cargo seja ocupado por Luiz Oscar Niemeyer, atual presidente da BMG, que não se posiciona frente aos rumores.
O posto vago seria então o da BMG, que boatos de mercado entregam ora a um executivo da filial do México, ora a Aloysio Reis (ex-EMI, atualmente fora do baralho), ora ao presidente da Sony, José Antonio Eboli (que nega qualquer convite).
É especulado também o nome de Marcos Maynard, presidente da Abril Music até sua extinção, na última quarta-feira. Mas seu nome perde força após o fracasso das negociações de venda da Abril para a BMG e devido ao montante da dívida deixada, que seria de R$ 18 milhões. A Abril teria sido colocada à venda por US$ 5 milhões.
Computados dívida, patrimônio e o diminuto catálogo da Abril, a BMG teria concluído que o negócio não valia a pena -embora não descarte negociar a compra do catálogo. Ao Grupo Abril não restou alternativa a não ser fechar a gravadora, que tinha no elenco Titãs, Capital Inicial, Erasmo Carlos e Harmonia do Samba, entre outros.

O NÃO-LANÇAMENTO

Jovem violonista paulista, Leandro Carvalho já gravou com Baden Powell, lançou luz sobre a obra esquecida de João Pernambuco e agora faz o mesmo pela música caipira de João Pacífico -tudo isso na total independência das grandes gravadoras. O disco contém poemas recitados pelo próprio Pacífico pouco antes de sua morte (em 1998), além de participações vocais de Jair Rodrigues e Trovadores Urbanos. Informações pelo tel. 0/xx/11/3884-4869 ou pelo e-mail leandrofrc@uol.com.br.

MZA SEM A ABRIL
A extinção da Abril Music deixa em suspense o elenco do selo independente MZA, que firmara há um ano acordo de distribuição e divisão de custos de produção com a gravadora. Nesse elenco estão Chico César, Zeca Baleiro, Rita Ribeiro e Bebeto, entre outros. Segundo Marco Mazzola, dono da MZA, tudo continua como era antes, com seus artistas produzindo independentemente e a distribuição dos CDs sendo negociada com outras gravadoras.

GAL SEM A ABRIL
A mais recente contratação de peso da associação MZA/ Abril havia sido a de Gal Costa, que lançou em dezembro seu primeiro trabalho por aqueles selos. Segundo Mazzola, a cantora entra em estúdio em julho de qualquer forma, para gravar um novo disco pelo selo MZA, a ser lançado ainda neste ano. Contrariando afirmações da artista em 2001, de que faltariam novos bons compositores no mercado, Gal planeja gravar exclusivamente jovens autores.

MARTINHO COMPLETO
Dos 18 discos de Martinho da Vila que a BMG tem em seu poder, dez estavam fora de catálogo. Pertencentes à fase que vai desde o clássico "Maravilha de Cenário" (75) até "Coração Malandro" (87), estão sendo reeditados agora pela BMG, em ritmo pré-carnavalesco.

psanches@folhasp.com.br

MARIA RITA SE DECIDE
Maria Rita Mariano optou pela Warner Music, de quem está contratada desde sexta-feira passada. A filha de Elis Regina estréia na semana que vem sua primeira temporada solo, para fazer laboratório de repertório para o disco de estréia. Selecionou "Seduzir", de Djavan, e "Silêncio das Estrelas", de Lenine.


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