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Exame constata presença de substância no estômago do cantor pernambucano morto no mês passado
Science ingeriu psicotrópico, diz IML
FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife
O IML (Instituto de Medicina Legal) de Pernambuco constatou a
presença de psicotrópico no estômago do cantor e compositor Chico Science, morto no dia 2 de fevereiro, em acidente de carro.
A substância, encontrada em
medicamentos controlados contra
epilepsia, convulsão, calmantes e
relaxantes, tem efeito sedativo,
mas pode ser usada como entorpecente, principalmente se associada
a outros produtos, como o álcool.
Segundo o perito responsável
pelo laudo, Silvio Rodrigues, não
há, porém, como afirmar que o artista estava sob efeito da droga no
momento do acidente.
Os efeitos dos psicotrópicos, disse, duram no máximo 12 horas,
enquanto os resíduos da substância podem permanecer no organismo por até seis dias.
O exame, declarou o perito, também não revela se Science ingeriu
álcool. ``Não pesquisamos porque
não foram recolhidas amostras de
sangue e urina, que servem de base
para esse teste'', afirmou.
``Precisamos agora descobrir
quando o Chico Science tomou o
psicotrópico, o motivo e com que
frequência ele fazia isso'', afirmou
o delegado da Polícia Civil que investiga o caso, Paulo Barbosa.
Segundo ele, a irmã do cantor,
Maria Gorete França, disse que
desconhecia qualquer relação do
músico com drogas.
A mãe do artista, Rita Marques
de França, afirmou à Agência Folha que seu filho não tinha problemas de saúde e não tomava remédios, ``nem mesmo calmantes''.
O delegado acredita que o acidente que matou Science foi provocado por erro do próprio cantor. Ele teria feito uma manobra
brusca, perdido o controle do veículo e se chocado com um poste.
O inquérito que apura a morte de
Science deve estar concluído em
dez dias.
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