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Crítica
John Huston destaca luta desenfreada pela riqueza
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
John Huston era capaz de tudo: do melhor, do pior e do mais
mais ou menos do mundo.
Se "O Tesouro de Sierra
Madre" (TCM, 15h30; livre)
está na primeira categoria, ou
quase isso, é em boa medida
por desenvolver um tema caro
a ele: o da luta desenfreada por
uma riqueza, que afeta a razão e
se destaca da racionalidade.
Diante do tesouro tão batalhado, se estabelece entre três
homens um sistema de suspeitas, que terá como consequência o final surpreendente (mas
não tão diferente de "Relíquia
Macabra", do mesmo Huston).
O filme entra na celebração
do Oscar pelo TCM, e o fato é
que em 1948 não havia nada
concorrendo que merecesse
ganhar mais do que ele.
"Hamlet", de Laurence Olivier, levou melhor filme. Huston deve ter ficado feliz com os
prêmios de roteiro e direção. E
mais ainda com o de ator coadjuvante dado a seu pai, Walter.
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