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ARTES CÊNICAS
Funarte divulga no Rio lista dos 13 grupos contemplados com cerca de R$ 175 mil cada um
Teatro e dança recebem apoio do governo
ANA FRANCISCA PONZIO
especial para a Folha
A Funarte (Fundação Nacional
de Artes) divulgou anteontem, no
Rio, a lista dos 13 grupos de artes
cênicas que deverão receber apoio
financeiro do Ministério da Cultura (MinC) e do Ministério do Trabalho durante este ano, sendo oito
de teatro e cinco de dança.
Em teatro, foram escolhidos os
grupos Emboaça (SE), Bando de
Teatro Oludum (BA), Os Fodidos
Privilegiados e Tá na Rua (RJ), Tapa e Engenho Teatral (SP), Ói Nóis
Aqui Traveiz (RS) e Galpão (MG).
Os cinco grupos de dança escolhidos são: Primeiro Ato (MG), Lia
Rodrigues (RJ), Cena 11 (SC),
Quasar (GO) e Gedam - Grupo Experimental de Dança do Teatro
Amazonas (AM).
Segundo declarações de Francisco Weffort, ministro da Cultura,
em entrevista concedida à Folha
na última segunda-feira, tal projeto tem como objetivo, principalmente na área de dança, garantir a
continuidade de trabalho de grupos que ainda não possuem estrutura suficiente para manter exigências básicas de seu dia-a-dia.
No entanto, a comissão encarregada de escolher os grupos incluiu
o Primeiro Ato, de Belo Horizonte, que há quase sete anos recebe
patrocínio do Banco Rural, o que
garante à companhia mineira uma
infra-estrutura privilegiada se
comparada à dos chamados grupos emergentes que o MinC pretendia apoiar.
Com apenas uma representante
de dança, a professora baiana Lia
Robatto, a comissão do MinC responsável pela escolha dos grupos
reúne quatro representantes de
teatro (Aderbal Freire Filho, Carlos Gradim, Alcione Araújo, Sábato Magaldi), além de Humberto
Braga e Marcio de Souza (da Funarte) e Luciano Ramos, secretário-adjunto de Políticas Culturais
do MinC.
em
Diretor e assistente
Surpreendentemente, a comissão não escolheu nenhum grupo
de São Paulo, onde inúmeros criadores independentes sobrevivem
à custa de esforços pessoais, uma
vez que as Secretarias da Cultura
locais, tanto do Estado quanto do
Município, não oferecem políticas
voltadas para o setor.
Aos grupos escolhidos, o projeto, que envolve o MinC e o Ministério do Trabalho, oferecerá uma
verba de R$ 110 mil para garantir,
de março a dezembro deste ano,
os salários de um diretor e seu assistente, além de gastos básicos de
manutenção do grupo.
A esses R$ 110 mil serão somados R$ 65 mil, para que o grupo
invista na produção de um espetáculo. A partir de uma reunião que
os grupos realizarão na próxima
semana com a Funarte e o MinC,
será acrescida ainda uma verba, de
acordo com a necessidade de cada
elenco, para contratação de professores e desenvolvimento de trabalhos de intercâmbio e formação.
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