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Atriz passou por clínica psiquiátrica
especial para a Folha, em Los Angeles
Tal como Susanna Kaysen, autora do livro autobiográfico "Garota, Interrompida", que resultou no filme
homônimo, a protagonista
Winona Ryder também
passou pela experiência de
ser internada em uma clínica psiquiátrica.
Até a fase de promoção do
filme, no entanto, a atriz, 28,
preferiu não comentar o
episódio.
"Não queria alimentar a
imprensa com assunto tão
pessoal, que podia tomar
ares de escândalo", lembra a
atriz que, há oito anos, passou cinco dias no setor de
psiquiatria de um hospital
americano.
"Eu estava simplesmente
exausta. Tinha acabado de
chegar da Europa, onde gravava "A Casa dos Espíritos",
enfrentava o monstro de
uma primeira separação
amorosa, tinha de decorar o
texto para meu próximo trabalho e não conseguia dormir", continua Winona, ao
ressaltar que, ao contrário
do que ocorreu com Susanna, sua internação foi voluntária, "para descanso apenas", diz.
A repercussão do caso na
imprensa incomodou a atriz
por muito tempo.
"Foi tudo muito exagerado. Era como se, por ser
atriz, eu não tivesse o direito
de ter problemas, até mesmo de ficar deprimida",
afirmou Winona à Folha.
Hoje, porém, ela fala de sua
internação sem problemas.
"Não cheguei a conversar
com ninguém, mas senti
uma atmosfera de camaradagem entre os pacientes.
Era um bando de gente caminhando para lá e para cá
durante a noite. Só alguns
me olhavam com ares de
"você também no mesmo
barco, Winona?'", brinca.
A atriz explica, em seguida, a razão que a levou a assumir a posição de produtora de "Garota, Interrompida".
"Não é por questão de crédito ou coisa parecida. Se tomo a decisão de também
produzir meus projetos, é
simplesmente pela vontade
de proteger ao máximo a
idéia dos cineastas e os roteiros a que me dedico. Só
isso", explica.
Winona voltará às telas este ano. "Autumn in New
York", filme de Joan Chen,
fala da paixão de um playboy por uma jovem que batalha contra uma doença incurável. Ela também estará
no thriller "Lost Souls", estréia na direção do fotógrafo
polonês Janusz Kaminski
("O Resgate do Soldado
Ryan", 98), contracenando
com Ben Chaplin.
(CC)
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