São Paulo, sexta-feira, 07 de abril de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Atriz passou por clínica psiquiátrica

especial para a Folha, em Los Angeles

Tal como Susanna Kaysen, autora do livro autobiográfico "Garota, Interrompida", que resultou no filme homônimo, a protagonista Winona Ryder também passou pela experiência de ser internada em uma clínica psiquiátrica.
Até a fase de promoção do filme, no entanto, a atriz, 28, preferiu não comentar o episódio.
"Não queria alimentar a imprensa com assunto tão pessoal, que podia tomar ares de escândalo", lembra a atriz que, há oito anos, passou cinco dias no setor de psiquiatria de um hospital americano.
"Eu estava simplesmente exausta. Tinha acabado de chegar da Europa, onde gravava "A Casa dos Espíritos", enfrentava o monstro de uma primeira separação amorosa, tinha de decorar o texto para meu próximo trabalho e não conseguia dormir", continua Winona, ao ressaltar que, ao contrário do que ocorreu com Susanna, sua internação foi voluntária, "para descanso apenas", diz.
A repercussão do caso na imprensa incomodou a atriz por muito tempo.
"Foi tudo muito exagerado. Era como se, por ser atriz, eu não tivesse o direito de ter problemas, até mesmo de ficar deprimida", afirmou Winona à Folha. Hoje, porém, ela fala de sua internação sem problemas.
"Não cheguei a conversar com ninguém, mas senti uma atmosfera de camaradagem entre os pacientes. Era um bando de gente caminhando para lá e para cá durante a noite. Só alguns me olhavam com ares de "você também no mesmo barco, Winona?'", brinca.
A atriz explica, em seguida, a razão que a levou a assumir a posição de produtora de "Garota, Interrompida".
"Não é por questão de crédito ou coisa parecida. Se tomo a decisão de também produzir meus projetos, é simplesmente pela vontade de proteger ao máximo a idéia dos cineastas e os roteiros a que me dedico. Só isso", explica.
Winona voltará às telas este ano. "Autumn in New York", filme de Joan Chen, fala da paixão de um playboy por uma jovem que batalha contra uma doença incurável. Ela também estará no thriller "Lost Souls", estréia na direção do fotógrafo polonês Janusz Kaminski ("O Resgate do Soldado Ryan", 98), contracenando com Ben Chaplin. (CC)


Texto Anterior: Garotas dos 60 cantam clássicos sobre solidão
Próximo Texto: Coadjuvante se vê como personagem
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.