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MERCADO EDITORIAL
Maior evento do gênero, com início no dia 15, tem poucas novidades, como ciclo de palestras sobre SP
Bienal do Livro repete fórmulas de edição anterior
CASSIANO ELEK MACHADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Nada de novo no front, no front
da Bienal do Livro de São Paulo.
Em sua primeira "aparição", uma
apresentação para a imprensa,
ontem, a 18ª edição do maior
evento de livros do país se mostrou gêmea da Bienal de 2002.
Assim como na edição de número 17, a feira, marcada para o
intervalo de 15 a 25 de abril, será
nos mesmos 45 mil metros quadrados do Centro de Exposições
Imigrantes, com as inalteradas
830 editoras e os equivalentes
2.000 novos títulos.
O maior estande é novamente o
da Imprensa Oficial de São Paulo
em parceria com a Associação
Brasileira de Editoras Universitárias, a programação cultural é outra vez estrelada por Ziraldos, Ignácios de Loyola Brandão e Leonardos Boff, as editoras poderão,
como em 2002, vender cinco títulos por dia com desconto de 30%
e muitas semelhanças mais.
Bem, existem também novidades. "Neste ano teremos duas entradas para a Bienal. Pode parecer
pouco importante, mas é fundamental, melhora o fluxo do público", diz Marino Lobello, vice-presidente da Câmara Brasileira do
Livro, organizadora do evento.
Não é a única nova. A programação cultural da feira, que o presidente da CBL, Oswaldo Siciliano, diz ser "prioridade máxima",
antes tinha dois eixos principais,
o Salão de Idéias, com nomes
mais conhecidos, e o Salão da Travessa Literária, com emergentes.
Na edição 2004 fica o Salão de
Idéias, que recepcionará, além
dos brasileiros, uma delegação de
20 estrangeiros, com destaque para Gavino Ledda (Itália), autor de
"Pai Patrão", o sociólogo Michel
Maffesoli (França) e o best-seller
Eoin Colfer (Irlanda).
O segundo ciclo, porém, ganha
novo nome: Café Paulicéia, alusão
aos 450 anos de São Paulo. A série
de palestras, desenvolvida por
Manuel da Costa Pinto, colunista
da Folha, reúne personalidades ligadas à história da cidade. A lista
inclui escritores, como Ferréz,
Glauco Mattoso e Mário Chamie,
músicos, como Tom Zé e o maestro Júlio Medaglia, e intelectuais, a
exemplo de Ismail Xavier, Carlos
Augusto Calil e Jorge Schwartz.
Não será a única referência da
Bienal ao aniversário de São Paulo. Os organizadores da feira prometem um "túnel, que tem como
entrada um livro gigante, no qual
as crianças poderão passear por
uma exposição sobre a história de
todas as nossas etnias". Apresentações de dez grupos "étnicos" de
dança, formados por crianças,
também festejam os 450 anos.
Paulistanismos à parte, a programação cultural inclui, mais
uma vez, uma série de eventos
elaborados pelas editoras universitárias. No "Espaço Universitário" falarão desde nomes da literatura, como Fábio Lucas, até personalidades da economia (Márcio
Pochmann e Stephen Kanitz), da
moda (Costanza Pascolato) e do
direito (Luiza Nagib Eluf).
Em meio a esses muitos nomes
somem do mapa outros tantos, o
dos escritores consagrados que
batizavam as "ruas" da Bienal. As
vias da feira, antes chamadas de
"rua Jorge Amado", "rua Graciliano Ramos" e assim por diante,
agora serão rua 1, rua 2 etc.
Os números estão em alta também nos investimentos. A CBL
calcula que serão gastos R$ 15 milhões, um a mais do que em 2002
-e a projeção de lucros segue em
torno de R$ 1,5 milhão.
"Será a maior Bienal de todos os
tempos", diz Oswaldo Siciliano.
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