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São Paulo, quarta-feira, 07 de maio de 2003

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TELEVISÃO

Governador critica gestão

Alckmin descarta intervenção em TV

DA REPORTAGEM LOCAL

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, descartou ontem uma intervenção na administração da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura, mas afirmou que a entidade precisa melhorar o "custo-benefício".
"A fundação tem vida própria, tem autonomia", disse ao ser questionado se tinha intenção de mudar a diretoria da entidade. "Acho que os modelos gerenciais [têm de] procurar melhorar [a relação] custo-benefício. Essa é uma tarefa permanente de todas as áreas, isso é óbvio", completou.
A fundação, que depende principalmente de verbas do governo do Estado (cerca de 70% de suas receitas), é administrada por uma diretoria executiva eleita para mandatos de três anos por um conselho curador formado por 46 membros. O governador não pode destituir seus diretores.
A fundação passa por sua pior crise desde 1995. Em carta enviada à secretária estadual da Cultura, Claudia Costin, na semana passada, o diretor-superintendente da entidade, Manoel Luciano Vieira, reclama a liberação de R$ 17,4 milhões e alerta para a necessidade de investimentos emergenciais em equipamentos.
A fundação reivindica ainda que o Estado cumpra acordo de manter na entidade verba de economia, de cerca de R$ 1,2 milhão por mês, com a demissão de 270 funcionários em fevereiro.
Em nota, a Fundação Padre Anchieta afirmou ontem que "elaborou um plano estratégico para 2003" a fim de alcançar "o almejado déficit zero". "Para isso é suficiente que a execução orçamentária de 2003 respeite o orçamento aprovado, ou seja, não se requer nenhum centavo a mais do que já tem, mas tampouco se poderá suportar cortes", diz a nota.
No ano passado, a fundação teve déficit de R$ 8 milhões. Para este ano, já com cortes, prevê outros R$ 12,5 milhões.


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