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TELEVISÃO
Governador critica gestão
Alckmin descarta intervenção em TV
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, descartou ontem
uma intervenção na administração da Fundação Padre Anchieta,
mantenedora da TV Cultura, mas
afirmou que a entidade precisa
melhorar o "custo-benefício".
"A fundação tem vida própria,
tem autonomia", disse ao ser
questionado se tinha intenção de
mudar a diretoria da entidade.
"Acho que os modelos gerenciais
[têm de] procurar melhorar [a relação] custo-benefício. Essa é
uma tarefa permanente de todas
as áreas, isso é óbvio", completou.
A fundação, que depende principalmente de verbas do governo
do Estado (cerca de 70% de suas
receitas), é administrada por uma
diretoria executiva eleita para
mandatos de três anos por um
conselho curador formado por 46
membros. O governador não pode destituir seus diretores.
A fundação passa por sua pior
crise desde 1995. Em carta enviada à secretária estadual da Cultura, Claudia Costin, na semana
passada, o diretor-superintendente da entidade, Manoel Luciano Vieira, reclama a liberação de
R$ 17,4 milhões e alerta para a necessidade de investimentos emergenciais em equipamentos.
A fundação reivindica ainda
que o Estado cumpra acordo de
manter na entidade verba de economia, de cerca de R$ 1,2 milhão
por mês, com a demissão de 270
funcionários em fevereiro.
Em nota, a Fundação Padre Anchieta afirmou ontem que "elaborou um plano estratégico para
2003" a fim de alcançar "o almejado déficit zero". "Para isso é suficiente que a execução orçamentária de 2003 respeite o orçamento
aprovado, ou seja, não se requer
nenhum centavo a mais do que já
tem, mas tampouco se poderá suportar cortes", diz a nota.
No ano passado, a fundação teve déficit de R$ 8 milhões. Para este ano, já com cortes, prevê outros
R$ 12,5 milhões.
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