São Paulo, domingo, 07 de maio de 2006

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FILMES

TV ABERTA

O melhor James Bond enfrenta o ladrão de ouro

Animal
Globo, 13h05.  

(The Animal). EUA, 2001, 84 min. Direção: Luke Greenfield. Com Rob Schneider. Graças a um acidente e, como decorrência, a um transplante de órgãos de animais, funcionário fracote da polícia vira um supertira.

Romeu e Julieta
Record, 20h30.  

(Romeo + Juliet). EUA, 1996, 120 min. Direção: Baz Luhrmann. Com Leonardo DiCaprio, Claire Danes. De Verona, a ação da peça de Shakespeare sobre o amor proibido de dois adolescentes se desloca para uma certa Verona Beach. É o prenúncio da tragédia.

Assassinos
SBT, 21h.   

(Assassins). EUA, 1995, 132 min. Direção: Richard Donner. Com Sylvester Stallone. Disposto a se aposentar, o matador Stallone topa uma última e bem paga empreitada: eliminar uma pirata eletrônica. Há dois problemas. O primeiro é um outro matador no pedaço. O segundo é que ele se apaixona pela garota.

Força Vermelha
Globo, 23h40.  

(Cover-Up). EUA,1991, 89 min. Direção: Manny Coto. Com Dolph Lundgren. O jornalista Dolph vai a Israel cobrir ataque a instalação militar americana naquele país. Breve, ele estará envolvido em uma aventura de espionagem.

A Última Palavra
Bandeirantes, 1h.  

(The Last Word). EUA, 1995, 94 min. Direção: Tony Spiridakis. Com Timothy Hutton. Jornalista escreve livro sobre a Máfia que faz inesperado sucesso e chama a atenção, inclusive, dos chefões de Hollywood. Para sua desgraça, também chama a atenção dos chefões da Máfia.

As Quatro Plumas
Globo, 1h20.   

(The Four Feathers). EUA, 2001, 131 min. Direção: Shekar Kapur. Com Heath Ledger. As quatro plumas a que se refere o título são as que recebe o tenente Harry, que, convocado a lutar no Sudão, teme por seu destino e renuncia. As plumas, signo de covardia, lhe são endereçadas pela noiva, entre outros. Redimir-se será seu problema. Aventura colonial que retoma o clássico de 1939, pelo indiano Kapur.

007 contra Goldfinger
SBT, 2h.    

(Goldfinger). Inglaterra, 1964, 117 min. Direção: Guy Hamilton. Com Sean Connery, Honor Blackman, Gert Fröbe. Goldfinger não quer pouco: invadir Fort Knox e roubar todas as barras de ouro das reservas dos EUA. Connery, o melhor Bond, lutará contra as infinitas infâmias do vilão.

Fuga de Nova York
Globo, 3h35.    

(Escape from New York). EUA, 1981, 99 min. Direção: John Carpenter. Com Kurt Russell. Em 1997, o avião em que viaja o presidente dos EUA cai em Manhattan, Nova York (então transformada em uma imensa prisão), após sofrer atentado. O prisioneiro Kur Russell tem 24 horas para resgatá-lo, ao fim das quais ele próprio explodirá. Não é uma história especialmente interessante. Vale a mão firme de Carpenter.

Uma Família às Avessas
SBT, 4h.   

(Big Girls Don't Cry... They Get Even). EUA, 1992, 99 min. Direção: Joan Micklin Silver. Com Griffin Dunne, Dan Futterman. Após tantas separações e segundos casamentos de seus pais, a adolescente Laura já não sabe mais quem é irmão, meio-irmão, ou pai de verdade. Desorientada com essa situação, Laura foge e acaba tirando "férias" com uma família bem diferente da sua. (IA)

TV PAGA

Wyler assina obra-prima baseada em Brontë

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Hoje é dia de pular cedo da cama. Às 10h, o TC Cult passa "O Morro dos Ventos Uivantes", na versão de William Wyler. Existem refilmagens do romance de Emily Brontë, mas talvez a única que interesse tanto quanto essa seja a do espanhol Luis Buñuel, que atende pelo sugestivo nome de "Abismos de Pasión".
Porque é de abismos mesmo que se trata, de um amor que existe além da vida e da morte, de um "amor fou", como queriam os surrealistas, que admiravam imensamente o livro.
A intriga proposta não interessa tanto pelo que tem de única. Ali está a história de um amor de infância entre um empregado e a filha dos patrões. Mas a moça está prometida a outro homem. Naquele tempo, levava-se a sério esse tipo de coisas. Então, a história de amor se transforma em história de separação, de afastamento, de rancores, sofrimentos, vazios, frustrações.
E o que interessa nela é a intensidade. Algo que precisa ser partilhado pelos personagens e pelo autor. Como isso acontece, temos aí um belo filme, talvez mais do que isso.
Hoje em dia, todos sabemos, a obra de Wyler, em seu conjunto, envelheceu bastante. Seus procedimentos ousados, como os enquadramentos e o uso da profundidade de campo, parecem ao nosso tempo (e não só a ele) um tanto artificiais, como que "colados" aos filmes.
Nada disso nos "Ventos Uivantes". A expressão carregada de Laurence Olivier, a palpitação que se sente em Merle Oberon, os cenários e as luzes que criam uma ambientação fortíssima, como que chamando o sobrenatural a intervir na trama, são coisas que não se deixam esquecer tão fácil.


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