São Paulo, sábado, 07 de maio de 2011 |
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Orquestra húngara se apresenta hoje e amanhã em SP Liderado pelo maestro Iván Fischer, grupo abre temporada internacional da Sociedade de Cultura Artística IRINEU FRANCO PERPETUO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA No inusitado horário das 11h da manhã, a Orquestra do Festival de Budapeste, do maestro húngaro Ivan Fischer, 59, abre hoje e amanhã, na Sala São Paulo, a temporada 2011 de concertos internacionais da Sociedade de Cultura Artística. Fischer fundou o grupo na capital húngara em 1983, quando voltou a sua terra natal depois de estudos com Hans Swarowsky e Nikolaus Harnocourt na Áustria. Na época, o país pertencia à Cortina de Ferro e isso não foi um obstáculo à tarefa de formar uma sinfônica jovem, independente e cujas performances obviamente refletem o fato de os músicos serem galvanizados pelo carisma de seu regente. "A última década de comunismo na Hungria foi extremamente liberal", diz. Os solistas convidados são o violinista magiar Jószef Lendevay, 37, que sola hoje no primeiro concerto de Paganini; e o pianista austríaco de Dejan Lazic, 34, que tocou com a Osesp no ano passado e executa amanhã a "Konzertstück", de Weber. O programa de hoje traz ainda "Suíte de Danças" de Bartók, o compositor nacional húngaro, bem como a quinta sinfonia de Tchaikovski. Já a apresentação de amanhã, completamente centrada no Romantismo do século 19, inclui "Danças Eslavas", de Dvorák e a terceira sinfonia de Schumann. CONQUISTA DA AMÉRICA À frente da orquestra, Fischer celebrizou-se por métodos inovadores de ensaio e de programação, incluindo concertos a "um florim" (a moeda da Hungria), apresentações "surpresa" (nas quais o programa não é anunciado com antecedência) e récitas especiais para crianças. "Programar é principalmente uma responsabilidade para com a comunidade. A gente tem que oferecer experiências culturais às pessoas", explica. Além das atividades europeias, Fischer tem uma carreira importante nos EUA, onde trabalhou em orquestras como a de Cincinnati e a Nacional, de Washington. "A América tem orquestras excelentes, e a maioria delas foi desenvolvida por regentes húngaros", afirma. "A Hungria tem educação musical muito especial e influências do folclore do centro da Europa. É um cadinho cultural e uma fonte de talentos, o que ajuda a Orquestra do Festival de Budapeste." ORQUESTRA FESTIVAL DE BUDAPESTE QUANDO hoje e amanhã, 11h ONDE Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes, s/nº, tel. 3223-3966) QUANTO de R$ 110 a R$ 230 (R$ 10 para estudantes, meia hora antes dos concertos) CLASSIFICAÇÃO livre Texto Anterior: Amanda Shaw traz som de Nova Orleans ao Brasil Próximo Texto: Mahler será destaque de Campos do Jordão Índice | Comunicar Erros |
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