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Gramado vê "queda de qualidade" na ficção brasileira
DA ENVIADA A FORTALEZA
Enquanto o cinema nacional
discute que tipo de filmes deveriam ter prioridade da obtenção de recursos estatais, o Festival de Gramado anuncia que
mudará o seu perfil, em razão
da "queda na qualidade dos
concorrentes na categoria de
ficção nacional".
Para sua próxima edição -a
33ª, prevista para o período de
15 a 20 de agosto-, não haverá
mais exigência de ineditismo
para a escalação de concorrentes. Não serão aceitas produções já estreadas em circuito
comercial, mas um filme que
tenha concorrido em outro festival poderá disputar Kikitos.
Atualmente, são realizados
no Brasil 97 festivais. Gramado,
que já foi o mais importante
deles e rivalizava apenas com o
Festival de Brasília, perde progressivamente importância.
Uma sucessão de edições cujos
concorrentes foram considerados frágeis pela crítica ameaça
seu prestígio.
Os documentários, gênero
que o festival avalia estar "em
ascensão no Brasil", serão alçados ao primeiro plano da disputa. Deixarão o horário da
tarde, que recebe menos atenção do público e da crítica, para
ter exibições noturnas, no Palácio dos Festivais, antes dos longas de ficção.
A disputa reservada à produção da América Latina também
perde importância, sendo rebaixada ao horário antes reservado aos documentários.
(SA)
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