São Paulo, quarta-feira, 07 de junho de 2006

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Crítica

Arthur Penn explora roteiro e Anne Bancroft

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O canal Turner Classic Movies propõe hoje uma maratona Orson Welles que só pode desprezar quem não gosta de cinema: "A Marca da Maldade" (22h), "Cidadão Kane" (23h40) e "Soberba" (1h45) oferecem uma espécie de súmula da obra do cineasta.
Há, no mesmo canal, um filme mais modesto que também chama a atenção: "O Milagre de Ann Sullivan", de Arthur Penn (16h30). O material de base (a peça) e o roteiro de William Gibson são fortes.
Anne Bancroft está notável como a enfermeira Ann, que consegue dar à luz a pequena Helen Keller (Patty Duke), surda, muda e cega. A performance rendeu a Bancroft o Oscar de melhor atriz em 1963.
E Penn está no seu auge: engendra intensidades, recuos, acentua atmosferas -mas, em nenhum momento, nos faz esquecer de que se trata de uma epopéia do conhecimento na qual estão envolvidas essas duas pessoas excepcionais.
Por fim, esse filme é, como se diz atualmente, baseado em fatos reais.


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