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Crítica
Seriado exibe visão italiana da Máfia
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Que há filmes, há, como "El
Camino de San Diego" (Cinemax, 16h15, classificação: livre), comédia do argentino
Carlos Sorin em torno de um
fanático por Maradona e como
ele reage no momento em que
sabe da internação do grande
craque.
Mas também há séries, e
uma particular, entre todas, é
"Corleone" (MGM, 21h, classificação: 16 anos). Já está em
andamento, mas não tem importância: pode-se pegar pelo
meio (às 20h, o canal mostra o
episódio da semana anterior)
sem perder o andamento.
No original chama-se "Il Capo dei Capi", o chefe dos chefes,
e tem essa particularidade: traz
uma visão italiana da Máfia,
mais realista do que a normalmente oferecida pelo cinema
americano, mas não menos intensa. O centro é a vida de Totò
Riina, que se tornaria de fato o
chefe dos chefes. Ele é visto
desde sua juventude e de seus
feitos (brutais) como chefe local. Também é observado em
sua particular arrogância e autossuficiência, atributos bons
para chegar ao topo.
O nome Corleone vem da cidade, um dos centros da atividade criminal na Itália. Ali encontraremos personagens de
que já ouvimos ao menos falar
alguma vez, como John Gambino, Tomaso Busceta, ou os que
os combateram, como Giovanni Falcone. Aliás, a série, que
começa nos anos 40, segue até
1993, prisão de Totò Riina. Dizer isso, prometo, não vai arruinar a diversão.
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