São Paulo, terça-feira, 07 de junho de 2011

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Mercado tenta driblar a própria informalidade

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM LAGOS (NIGÉRIA)

Em meio à rodagem no hotel 118, Yinka Akinlawon, produtor da série "Abelejanyan", afirma se dedicar ao formato porque gera mais dinheiro.
"É mais fácil ter controle, já que os custos são bancados pelos canais", diz -a produção de filmes é escoada informalmente.
Em uma rua forrada de cartazes e de vendedores de filmes de um mercado de Lagos, Falade Basua, no negócio há 19 anos, tem sua banquinha de filmes em iorubá, idioma da etnia predominante na capital.
"Cada DVD custa 200 nairas (cerca de US$ 1). Eu fico com 50 nairas. Vendo uns 40 por dia", diz.
Apesar dos muitos esforços, é impossível impedir a venda ilegal, dentro de uma cena que surgiu nos mercados africanos.
O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, prometeu dedicar US$ 200 milhões ao desenvolvimento da indústria - até hoje o dinheiro não apareceu.
As poucas salas inauguradas na Nigéria nos últimos anos não representam uma mudança. Em Lagos, os três complexos de cinema, que somam 15 salas, para 16 milhões de habitantes, exibem quase somente filmes americanos.
Mas Nollywood se reinventa. Cinemas móveis percorrem bairros das cidades, difundindo filmes de maneira legal e a preços acessíveis, num esforço para devolver a tela grande aos africanos -e dotar de alma Nollywood. (JG)


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