São Paulo, segunda-feira, 07 de julho de 2008

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Em livro a ser lançado, críticos de arte avaliam legado e obra do francês

MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL

É uma espécie de provocação que Sonia Salzstein, professora de artes plásticas na ECA-USP, quer promover ao lançar o segundo volume recente no Brasil sobre a obra de Matisse.
"Funciona como se eu perguntasse: afinal, ainda há mais algo a falar sobre Matisse?", pergunta ela, respondendo, com ênfase, que "sim, o livro provará que há muito a se descobrir sobre o artista".
Ainda sem título, a publicação da Cosac Naify -que também lançou, em dezembro passado, "Henri Matisse -Escritos e Reflexões sobre Arte", organizado por Dominique Fourcade- reunirá ensaios clássicos sobre o artista francês, textos feitos especialmente para o livro de críticos de renome internacional e também de artistas brasileiros.
"É mais que oportuno revisitar temas já consagrados pelo moderno, que já têm uma biografia estabelecida", afirma Salzstein, também responsável pela publicação de "Escritos...".
"Também é importante que se fixe um olhar brasileiro sobre a obra de um artista da envergadura de Matisse, é um grande desafio", diz ela. Do Brasil, a edição terá ensaios dos artistas Iole de Freitas e Paulo Pasta, do crítico de arte Ronaldo Brito e da própria Salzstein, que prevê o lançamento do livro para setembro.
De leituras "mais formalistas", a organizadora lista ensaios dos norte-americanos Clement Greenberg (1909-1994) e Alfred H. Barr (1902-1981) e do britânico Roger Fry (1866-1934).
Nomes prestigiados na crítica de arte atual assinam outras análises, como o alemão Robert Kudielka, com um texto antes só publicado em alemão; o franco-argelino Yve Alain Bois, 56, com um ensaio que esteve antes no jornal americano "October"; e, com textos exclusivos para a edição, o britânico T.J. Clark e a suíça Ann Hindry.


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