São Paulo, terça, 7 de julho de 1998

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UZBEQUISTÃO

Antes de a palavra "esoterismo" ter sido aviltada pelos gurus charlatões do gênero auto-ajuda, o sufismo poderia ser definido como "a essência esotérica da religião islâmica". Esse é o caráter do canto sufi de Monajat Yultchieva, contralto, a mais famosa voz do Uzbequistão, país da Ásia Central que foi integrante da ex-União Soviética. A cantora transpõe para a sua região vocal o timbre nasal agudo dos "maqamitas" (barítonos e tenores), intérpretes dos cantos clássicos do país, quase sempre ligados à religião. Na maioria dos países do Oriente, a música de inspiração sufi representa um clímax da expressão artística e faz a delícia de ouvidos e almas requintadas. Mas uma dose extra de concentração basta para que ela penetre a mente de ocidentais com um mínimo de sensibilidade. Yultchieva, que se apresenta dias 22 e 23, às 21h, no Sesc Pompéia, será acompanhada pelos sons de alaúde, viela, cítara e o tambor "doira". (AM)



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