São Paulo, Quarta-feira, 07 de Julho de 1999
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Atriz Consuelo Leandro é enterrada em São Paulo

da Reportagem Local

A atriz Consuelo Leandro, 68, morreu anteontem, dia 5, de falência múltipla dos órgãos, às 22h20. Ela estava internada desde o dia 29 de junho no Hospital Santa Rita, em São Paulo.
A morte cerebral da atriz estava diagnosticada desde às 19h, horário em que foi feita a última avaliação do quadro clínico da atriz, segundo o médico Fernando Ladeia, 46, radioncologista, que cuidava de Consuelo.
No sábado, dia 3, ela teve parada cardiorrespiratória devido a complicações cerebrais por pressão alta. Consuelo, que estava internada para controle de sua pressão arterial, tinha diabetes, câncer na bexiga e um enfizema pulmonar. Em 87, ela foi operada para a implantação de três pontes de safena.
O corpo da atriz foi velado durante a madrugada na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo até 15h30, quando seguiu para o Cemitério do Morumbi. Ela era divorciada e não tinha filhos. Foi casada com o humorista Agildo Ribeiro e com o descendente de austríacos Stephan Gardemann.

Carreira
Nascida em Lorena, interior de São Paulo, Maria Consuelo da Costa Ortiz Nogueira deve ao irmão, José Leandro, o nome que a consagrou em humor.
Consuelo Leandro acumulou ao longo de mais de 45 anos de carreira três prêmios Roquette Pinto, três Troféu Imprensa, duas medalhas de ouro de melhor atriz pela Associação de Críticos de Teatro do Rio de Janeiro e uma medalha de ouro pela Associação Paulista dos Críticos de Arte, entre outros.
A atriz teve uma formação clássica, estudou em colégio de freiras, tocava piano, era bailarina formada, mas acabou mesmo ficando famosa por interpretar personagens populares.
A mais famosa de todas é Cremilda -a do "meu marido Oscar"-, idealizada por Manuel da Nóbrega na década de 60 para o programa "Praça da Alegria", hoje exibido pelo SBT.
Consuelo começou sua carreira em 1953 na peça "Carrossel". Foi contratada para o elenco fixo da Rádio Nacional, do Rio, logo depois. Em novelas, seu personagem mais marcante foi Lili Bolero, na novela "Cambalacho" (1986), de Sílvio de Abreu, da Globo.


Colaborou Adriana Bruno, do Banco de Dados

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