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Atriz Consuelo Leandro é
enterrada em São Paulo
da Reportagem Local
A atriz Consuelo Leandro, 68,
morreu anteontem, dia 5, de falência múltipla dos órgãos, às
22h20. Ela estava internada desde o dia 29 de junho no Hospital
Santa Rita, em São Paulo.
A morte cerebral da atriz estava diagnosticada desde às 19h,
horário em que foi feita a última
avaliação do quadro clínico da
atriz, segundo o médico Fernando Ladeia, 46, radioncologista, que cuidava de Consuelo.
No sábado, dia 3, ela teve parada cardiorrespiratória devido
a complicações cerebrais por
pressão alta. Consuelo, que estava internada para controle de
sua pressão arterial, tinha diabetes, câncer na bexiga e um enfizema pulmonar. Em 87, ela foi
operada para a implantação de
três pontes de safena.
O corpo da atriz foi velado durante a madrugada na Assembléia Legislativa do Estado de
São Paulo até 15h30, quando seguiu para o Cemitério do Morumbi. Ela era divorciada e não
tinha filhos. Foi casada com o
humorista Agildo Ribeiro e com
o descendente de austríacos Stephan Gardemann.
Carreira
Nascida em Lorena, interior
de São Paulo, Maria Consuelo
da Costa Ortiz Nogueira deve ao
irmão, José Leandro, o nome
que a consagrou em humor.
Consuelo Leandro acumulou
ao longo de mais de 45 anos de
carreira três prêmios Roquette
Pinto, três Troféu Imprensa,
duas medalhas de ouro de melhor atriz pela Associação de
Críticos de Teatro do Rio de Janeiro e uma medalha de ouro
pela Associação Paulista dos
Críticos de Arte, entre outros.
A atriz teve uma formação
clássica, estudou em colégio de
freiras, tocava piano, era bailarina formada, mas acabou mesmo ficando famosa por interpretar personagens populares.
A mais famosa de todas é Cremilda -a do "meu marido Oscar"-, idealizada por Manuel
da Nóbrega na década de 60 para o programa "Praça da Alegria", hoje exibido pelo SBT.
Consuelo começou sua carreira em 1953 na peça "Carrossel".
Foi contratada para o elenco fixo da Rádio Nacional, do Rio,
logo depois. Em novelas, seu
personagem mais marcante foi
Lili Bolero, na novela "Cambalacho" (1986), de Sílvio de
Abreu, da Globo.
Colaborou Adriana Bruno, do Banco de Dados
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