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Orquestra de Israel começa turnê amanhã
Músico de Heliópolis, que regente conheceu em 2005, participa dos concertos
Ingressos para São Paulo estão esgotados, mas há entradas para ensaio aberto que acontece na segunda e para concertos em Paulínia
IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ele nasceu no mesmo ano
que a orquestra à qual está associado há 40 anos. Amanhã,
em Paulínia (SP), o maestro indiano Zubin Mehta, 73, começa
mais uma turnê sul-americana
com a Filarmônica de Israel.
"Eu adoro o país de vocês",
diz Mehta, que já regeu a orquestra por aqui em diversas
oportunidades. Além de três
concertos em São Paulo (domingo, em benefício da Congregação Israelita Paulista; segunda e terça, na série da Sociedade de Cultura Artística), a filarmônica criada em 1936 toca
em Paulínia (amanhã e dia 12),
Rio de Janeiro (dia 13), Ribeirão Preto (dia 15) e Curitiba
(dia 17), tendo programadas
ainda apresentações na Argentina, Uruguai e Chile.
Ao atender à Folha, por telefone, em sua casa em Los Angeles (EUA), Mehta estava estudando. O programa da turnê
-formado por Beethoven (sinfonias nº 6 e 7) e Richard
Strauss (poemas sinfônicos
"Don Juan", "Till Eulenspiegel" e "Uma Vida de Herói")?
Não. A ópera "O Caso Makropoulos", do tcheco Leos Janácek (1854-1928), que ele regerá em 2011, em Florença (onde é diretor do Maggio Musicale desde 1985). "Tenho que começar agora, senão não dá tempo", diz o maestro, um dos mais
requisitados do mundo atualmente. Como diretor musical
da Sinfônica de Montreal e das
filarmônicas de Los Angeles e
de Nova York, bem como da
Staatsoper de Munique, Mehta
tem uma ocupada agenda como regente convidado das melhores orquestras do planeta, e
ainda preside o Festival del
Mediterrani, em Valência (Espanha).
A associação com a Filarmônica de Israel, da qual ele virou
diretor musical vitalício em
1981, completou quatro décadas. "No começo, a orquestra
era formada por imigrantes do
antigo Império Austro-Húngaro, enquanto hoje 50% são nascidos em Israel e 50% provenientes da ex-URSS.
Mas a flexibilidade e o alcance da filarmônica não mudaram."
O grupo é gerido como uma
cooperativa. "Não há sindicatos na orquestra, e nós somos
nossos próprios acionistas."
Mas, com apenas 8% do orçamento coberto por verba pública, o déficit é uma ameaça
constante. "Ano a ano, nós temos que sair pedindo dinheiro
e, felizmente, temos generosos
amigos no mundo inteiro -inclusive no Brasil- a nos ajudar", afirma.
Heliópolis
Em sua última vinda a São
Paulo, em 2005, o regente visitou o Instituto Bacarelli, que
desenvolve um projeto de educação musical na favela de Heliópolis. Lá, ouviu o contrabaixista Adriano Costa Chaves, ao
qual concedeu bolsa para aperfeiçoamento em Israel. Hoje
com 20 anos de idade, Chaves
participa dos concertos sul-americanos da orquestra. "Trata-se de um garoto excelente,
como pessoa e como músico",
elogia Mehta.
Os ingressos para as três
apresentações paulistanas da
filarmônica estão esgotados.
Na segunda-feira, às 10h, a orquestra faz um ensaio aberto,
com entrada franca, na Sala São
Paulo. Ainda há entradas disponíveis para os dois concertos
em Paulínia (114 km de SP),
amanhã e no dia 12.
ORQUESTRA FILARMÔNICA DE ISRAEL
Quando: dom., às 20h, seg. e ter., às
21h
Onde: Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes, s/nº, tel. 0/xx/11/3223-3966)
Quanto: R$ 180 a R$ 450 (ingressos
esgotados)
Classificação indicativa: 10 anos
ENSAIO ABERTO
Quando: segunda, às 10h
Onde: Sala São Paulo
Quanto: entrada gratuita (ingressos distribuídos uma hora antes)
CONCERTOS PAULÍNIA 2009
Quando: amanhã e dia 12/8, às 20h
Onde: Teatro Municipal de Paulínia
(av. Prefeito José Lozano Araujo,
1551, Parque Brasil, tel. 0/xx/19/
3933-2140)
Quanto: de R$ 100 a R$ 400
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