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CRÍTICA COMÉDIA
Irmãos Farrelly veem a solidão com um humor já fatigado
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
"O Amor É Cego" (Fox,
20h, 12 anos), dizem os irmãos Farelly. E a comédia é
uma arte ingrata, digo eu.
Porque todas as invenções
com que nos contemplaram
nos últimos anos, desde "Débi e Lóide", que renovaram a
comédia americana, não é
que tenham desaparecido
neste filme. Apenas estão um
tanto fatigadas.
Aqui, Jack Black é o solitário que, a horas tantas, descobre em Gwyneth Paltrow a
gata de sua vida.
O problema: apenas ele a
vê assim. Na verdade ela é
uma gordona.
Qualquer um terá notado
que o filme dos Farelly serviu
de base ao nosso "A Mulher
Invisível", ao qual é bem superior, convenhamos.
Ambos os filmes têm por
centro, aliás, a solidão. "O
Amor É Cego" acrescenta-lhe
um outro elemento: a subjetividade do olhar.
Cada um vê o que quer no
objeto que contempla, em
particular no caso do ser
amado. É plausível, mas, cá
entre nós, não vai longe.
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