São Paulo, sábado, 07 de agosto de 2010

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CRÍTICA COMÉDIA

Irmãos Farrelly veem a solidão com um humor já fatigado

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"O Amor É Cego" (Fox, 20h, 12 anos), dizem os irmãos Farelly. E a comédia é uma arte ingrata, digo eu. Porque todas as invenções com que nos contemplaram nos últimos anos, desde "Débi e Lóide", que renovaram a comédia americana, não é que tenham desaparecido neste filme. Apenas estão um tanto fatigadas.
Aqui, Jack Black é o solitário que, a horas tantas, descobre em Gwyneth Paltrow a gata de sua vida.
O problema: apenas ele a vê assim. Na verdade ela é uma gordona.
Qualquer um terá notado que o filme dos Farelly serviu de base ao nosso "A Mulher Invisível", ao qual é bem superior, convenhamos.
Ambos os filmes têm por centro, aliás, a solidão. "O Amor É Cego" acrescenta-lhe um outro elemento: a subjetividade do olhar.
Cada um vê o que quer no objeto que contempla, em particular no caso do ser amado. É plausível, mas, cá entre nós, não vai longe.


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