|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Douglas revive Hitchcock
do enviado a Veneza
Michael Douglas veio, viu e venceu. O astro de "Atração Fatal"
passou rapidamente por Veneza
para divulgar seu novo filme, "A
Perfect Murder" (Um Assassinato
Perfeito), uma refilmagem de
"Disque M Para Matar", produção
de 1954, dirigida por Alfred Hitchcock.
Dirigido por Andrew Davis, o filme foi exibido na madrugada de
ontem dentro do ciclo paralelo
"Noite e Estrelas".
No início da tarde de sábado, esbanjou charme e descontração numa entrevista coletiva. Entrou de
paletó, camisa negra e óculos escuros, mas logo sorriu e revelou os
olhos. Ganhou a sala e manteve-a
sob seu pulso até o fim. Leia abaixo
trechos da entrevista.
(AL)
Pergunta - Por que refilmar "Disque M Para Matar"?
Michael Douglas - Vi o filme
quando era jovem. Não me deixou
uma forte impressão. Com todo
respeito a Hitchcock, que é um dos
meus diretores favoritos, o filme
original não é tão bom.
A base do filme dele e do nosso é
o texto teatral de Frederick Knott.
Na época, a peça fez muito mais
sucesso do que o filme.
Pergunta - O senhor faz um marido que manda matar a esposa. Prefere fazer mocinhos ou vilões?
Douglas - Ser vilão é fantástico. É
muito mais teatral. Fazer a vítima,
como em "Atração Fatal", cansa.
Mas tenho um pouco de medo de
ser estigmatizado como uma espécie de "príncipe das trevas".
É por esse motivo que meu próximo filme será uma comédia romântica.
Pergunta - Como o senhor divide
suas facetas de ator e de produtor?
Douglas - É muito mais difícil ser
produtor. Ser ator é como ser uma
criança, é utilizar a parte mais irresponsável do cérebro. Ser produtor exige responsabilidade, ser
ator é pura diversão.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|