São Paulo, segunda, 7 de setembro de 1998

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Douglas revive Hitchcock


do enviado a Veneza

Michael Douglas veio, viu e venceu. O astro de "Atração Fatal" passou rapidamente por Veneza para divulgar seu novo filme, "A Perfect Murder" (Um Assassinato Perfeito), uma refilmagem de "Disque M Para Matar", produção de 1954, dirigida por Alfred Hitchcock.
Dirigido por Andrew Davis, o filme foi exibido na madrugada de ontem dentro do ciclo paralelo "Noite e Estrelas".
No início da tarde de sábado, esbanjou charme e descontração numa entrevista coletiva. Entrou de paletó, camisa negra e óculos escuros, mas logo sorriu e revelou os olhos. Ganhou a sala e manteve-a sob seu pulso até o fim. Leia abaixo trechos da entrevista. (AL)

Pergunta - Por que refilmar "Disque M Para Matar"?
Michael Douglas -
Vi o filme quando era jovem. Não me deixou uma forte impressão. Com todo respeito a Hitchcock, que é um dos meus diretores favoritos, o filme original não é tão bom.
A base do filme dele e do nosso é o texto teatral de Frederick Knott. Na época, a peça fez muito mais sucesso do que o filme.
Pergunta - O senhor faz um marido que manda matar a esposa. Prefere fazer mocinhos ou vilões?
Douglas -
Ser vilão é fantástico. É muito mais teatral. Fazer a vítima, como em "Atração Fatal", cansa. Mas tenho um pouco de medo de ser estigmatizado como uma espécie de "príncipe das trevas".
É por esse motivo que meu próximo filme será uma comédia romântica.
Pergunta - Como o senhor divide suas facetas de ator e de produtor?
Douglas -
É muito mais difícil ser produtor. Ser ator é como ser uma criança, é utilizar a parte mais irresponsável do cérebro. Ser produtor exige responsabilidade, ser ator é pura diversão.



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