São Paulo, quinta-feira, 07 de novembro de 2002

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Bienal argentina sobrevive à crise

MARCELO BILLI
DE BUENOS AIRES

"A crise não liquida a cultura, nunca liquidou, não vai fazê-lo agora." Assim Jorge Glusberg, curador da Bienal de Buenos Aires, que começa hoje na capital argentina, resume como conseguiu organizar evento maior e com mais artistas -são 195 artistas de mais de 40 países- do que na primeira edição, em 2000. Na prática, a realização foi possível por meio de fundos de museus e embaixadas de todo o mundo. Ainda assim, o orçamento atual foi 30% menor comparado ao anterior.
A crise não está só nos orçamentos da Bienal. Está também nas obras -principalmente dos argentinos- presentes na mostra, cujo tema é "Globalização ou Regionalismo".
Representam o Brasil mais de 20 artistas, 16 convidados pelo curador brasileiro e diretor do Museu de Arte Moderna da Bahia, Heitor Reis. Os demais, entre artistas, críticos e curadores de mostras brasileiras, foram convidados pelo próprio Glusberg.
Uma integração cultural do mundo, é essa a globalização de que trata a Bienal? "Sim, tudo está pronto para que isso se materialize. Mas preservando as identidades locais, nacionais e regionais. Preservado os acervos e as tradições. Por isso o "regionalismo"."
A Bienal de Buenos Aires vai até 8 de dezembro, no Museu Nacional de Belas Artes, na capital argentina.


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