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Bienal argentina sobrevive à crise
MARCELO BILLI
DE BUENOS AIRES
"A crise não liquida a cultura,
nunca liquidou, não vai fazê-lo
agora." Assim Jorge Glusberg, curador da Bienal de Buenos Aires,
que começa hoje na capital argentina, resume como conseguiu organizar evento maior e com mais
artistas -são 195 artistas de mais
de 40 países- do que na primeira
edição, em 2000. Na prática, a realização foi possível por meio de
fundos de museus e embaixadas
de todo o mundo. Ainda assim, o
orçamento atual foi 30% menor
comparado ao anterior.
A crise não está só nos orçamentos da Bienal. Está também
nas obras -principalmente dos
argentinos- presentes na mostra, cujo tema é "Globalização ou
Regionalismo".
Representam o Brasil mais de 20
artistas, 16 convidados pelo curador brasileiro e diretor do Museu
de Arte Moderna da Bahia, Heitor
Reis. Os demais, entre artistas, críticos e curadores de mostras brasileiras, foram convidados pelo
próprio Glusberg.
Uma integração cultural do
mundo, é essa a globalização de
que trata a Bienal? "Sim, tudo está
pronto para que isso se materialize. Mas preservando as identidades locais, nacionais e regionais.
Preservado os acervos e as tradições. Por isso o "regionalismo"."
A Bienal de Buenos Aires vai até
8 de dezembro, no Museu Nacional de Belas Artes, na capital argentina.
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