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O ator, músico e diretor Billy Bob Thornton fala de seu medo de palhaços e de "Vida Bandida", que estréia hoje
Operário de Hollywood
Divulgação
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Os atores Billy Bob Thornton (esq.) e Bruce Willis em cena de "Vida Bandida", comédia de Larry Levinson que chega hoje ao país |
PAOULA ABOU-JAOUDE
FREE-LANCE PARA A FOLHA, EM LOS ANGELES
Ele já recebeu os títulos de difícil, excêntrico e, mais recentemente, sexy. A última definição
para o ator Billy Bob Thornton é
"workaholic". Ninguém em
Hollywood trabalhou mais do
que ele neste ano. Além de lançar
quatro filmes, entre eles a comédia "Vida Bandida", que estréia
hoje, o marido de Angelina Jolie
gravou um CD, "Private Radio", e
foi considerado pelo National
Board of Reviews o melhor ator
do ano. Agora se prepara para fazer uma turnê com sua banda.
Thornton recebeu a Folha numa suíte do hotel Four Seasons,
onde chegou com seus inseparáveis acessórios: um boné de beisebol e botas de caubói.
Folha - Em "Vida Bandida", o sr.
vive um assaltante de bancos hipocondríaco. Isso estava no roteiro ou
foi idéia sua?
Billy Bob Thornton - Trouxe minha própria experiência(risos).
Até recentemente, achava que estava com apendicite, embora
meus amigos tentassem me convencer de que não existiu nenhum caso de reincidência de
apendicite. Tendo a acreditar que
isso é uma coisa que vai e volta.
Folha - O que mais o sr. tem em
comum com seu personagem?
Thornton - Tenho fobias, e algumas delas foram mencionadas no
filme, como as de pavor de móveis antigos e medo de palhaços
(risos). Mas acho que essa não é
só minha: a maioria das crianças
também chora quando vê um palhaço. Odeio viajar de avião. Foi
assustador entrar num depois de
11 de setembro. Angelina e eu estávamos no Japão, e não havia
vôos de volta para os EUA.
Folha - Sobre excentricidades, e o
vidrinho com o sangue de Angelina
que o sr. carrega no pescoço?
Thornton - Aquilo foi um furinho no dedo! As pessoas gostam
de exagerar as coisas. Somos duas
pessoas normais que se amam, e
essa foi uma forma que encontramos para demonstrar isso. Se fosse Mel Gibson que tivesse dado
esse vidrinho a Michelle Pfeiffer
em algum filme, eles ganhariam
prêmio por tal ato romântico.
Mas se você faz isso na vida real,
todo mundo lhe taxa de esquisito.
Folha - O sr. dirigiu alguns filmes.
Qual e quando será o próximo?
Thornton - Quando eu sentir que
não serei machucado novamente.
Em Hollywood, diretor de cinema
é uma profissão desgraçada. Não
há o mínimo respeito. Minha experiência em "Espírito Selvagem"
["All the Pretty Horses", com
Matt Damon e Penélope Cruz]
não foi nada agradável.
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