São Paulo, sexta-feira, 07 de dezembro de 2001

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O ator, músico e diretor Billy Bob Thornton fala de seu medo de palhaços e de "Vida Bandida", que estréia hoje

Operário de Hollywood

Divulgação
Os atores Billy Bob Thornton (esq.) e Bruce Willis em cena de "Vida Bandida", comédia de Larry Levinson que chega hoje ao país


PAOULA ABOU-JAOUDE
FREE-LANCE PARA A FOLHA, EM LOS ANGELES

Ele já recebeu os títulos de difícil, excêntrico e, mais recentemente, sexy. A última definição para o ator Billy Bob Thornton é "workaholic". Ninguém em Hollywood trabalhou mais do que ele neste ano. Além de lançar quatro filmes, entre eles a comédia "Vida Bandida", que estréia hoje, o marido de Angelina Jolie gravou um CD, "Private Radio", e foi considerado pelo National Board of Reviews o melhor ator do ano. Agora se prepara para fazer uma turnê com sua banda.
Thornton recebeu a Folha numa suíte do hotel Four Seasons, onde chegou com seus inseparáveis acessórios: um boné de beisebol e botas de caubói.

Folha - Em "Vida Bandida", o sr. vive um assaltante de bancos hipocondríaco. Isso estava no roteiro ou foi idéia sua?
Billy Bob Thornton -
Trouxe minha própria experiência(risos). Até recentemente, achava que estava com apendicite, embora meus amigos tentassem me convencer de que não existiu nenhum caso de reincidência de apendicite. Tendo a acreditar que isso é uma coisa que vai e volta.

Folha - O que mais o sr. tem em comum com seu personagem?
Thornton -
Tenho fobias, e algumas delas foram mencionadas no filme, como as de pavor de móveis antigos e medo de palhaços (risos). Mas acho que essa não é só minha: a maioria das crianças também chora quando vê um palhaço. Odeio viajar de avião. Foi assustador entrar num depois de 11 de setembro. Angelina e eu estávamos no Japão, e não havia vôos de volta para os EUA.

Folha - Sobre excentricidades, e o vidrinho com o sangue de Angelina que o sr. carrega no pescoço?
Thornton -
Aquilo foi um furinho no dedo! As pessoas gostam de exagerar as coisas. Somos duas pessoas normais que se amam, e essa foi uma forma que encontramos para demonstrar isso. Se fosse Mel Gibson que tivesse dado esse vidrinho a Michelle Pfeiffer em algum filme, eles ganhariam prêmio por tal ato romântico. Mas se você faz isso na vida real, todo mundo lhe taxa de esquisito.

Folha - O sr. dirigiu alguns filmes. Qual e quando será o próximo?
Thornton -
Quando eu sentir que não serei machucado novamente. Em Hollywood, diretor de cinema é uma profissão desgraçada. Não há o mínimo respeito. Minha experiência em "Espírito Selvagem" ["All the Pretty Horses", com Matt Damon e Penélope Cruz] não foi nada agradável.


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