São Paulo, sábado, 07 de dezembro de 2002

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FILMES E TV PAGA

TV ABERTA

Thompson faz cada plano pesar como pedra

Uma Noite de Aventura
SBT, 14h15.   
(A Night on the Town). EUA, 87, 102 min. Direção: Chris Columbus. Com Elizabeth Shue, Maia Brewton. "Baby-sitter" que vai buscar uma amiga no aeroporto, com bebê a bordo, vê, quando estoura o pneu do carro, começar uma série de incidentes que complicam sua vida ao longo da noite.

As Minas do Rei Salomão
Globo, 16h15.  
(King Solomon's Mine). EUA, 85, 100 min. Direção: J. Lee Thompson. Com Richard Chamberlain, Sharon Stone. Chamberlain faz o aventureiro Allan Quatermain, que uma bela jovem (Stone) contrata para encontrar seu pai, arqueólogo que buscava na África as ditas minas. Na tradição de Thompson, cada plano parece pesar como pedra.

O Perigo Ronda Sua Casa
Globo, 23h05.  
(The Last Witness). Canadá, 99, 95 min. Direção: Graeme Clifford. Com Natasha Henstridge, Lauren Hutton. Agentes do FBI requisitam casa de bela cientista para fazer uma tocaia. Eis a moça envolvida numa trama de espionagem. E, pior, envolvida também com um agente federal. Inédito.

O Poder da Emoção
SBT, 23h45.  
(Digging to China). EUA, 97. Direção: Timothy Hutton. Com Kevin Bacon, Mary Stuart Masterson. Menina com mãe alcoólatra e irmã prostituta terá um encontro, como costuma acontecer, que vai ajudá-la a enfrentar a aridez da vida. Inédito.

Nenhum Álibi
SBT, 1h40.  
(No Alibi). EUA, 99. Direção: Bruce Pittman. Com Dean Cain, Lexa Doig. A fim de pagar as dívidas que tinha com um criminoso, moça aproxima-se de homem de negócios, pressiona-o e chantageia-o e finalmente o mata. Problema: a essas alturas a moça estava apaixonada pelo irmão do finado. Pouco a esperar.

A Gaiola de Vidro
Bandeirantes, 1h30.  
(The Glass Cage). EUA, 96, 97 min. Direção: Michael Schroeder. Com Charlotte Lewis, Richard Tyson. Ex-agente da CIA arranja emprego em boate de Nova Orleans. E arranja encrenca quando se apaixona por uma bailarina, despertando ciúmes no mal-encarado proprietário, que se empenha em dificultar a vida do ex-agente. Enfim, na melhor das hipóteses promete-se convenção.

Sem Suspeita
Globo, 2h50.   
(Above Suspiction). EUA, 94, 95 min. Direção: Steven Schachter. Com Christopher Reeve, Joe Mantegna. O policial Dempsey (Reeve) enfrenta dois dramas conexos. Primeiro, descobre que sua mulher e seu irmão mais novo têm um caso amoroso. Depois, é baleado e fica paralítico. Deprimido, planeja um assalto de que seja vítima fatal. Com isso, espera que o irmão e a mulher recebam uma bolada do seguro. Quando a coisa já está na contagem regressiva, uma reviravolta acontece.

O que Vai Ser Agora
SBT, 3h10.   
(Which Way Is Up?). EUA, 87, 94 min. Direção: Michael Schultz. Com Richard Pryor, Lonette McKee. Operário muda para a cidade grande e muda de família também. Isso é só o começo do pandemônio na transição campo-cidade. Versão americana de "Mimi, o Metalúrgico", de Lina Wertmuller.

S.O.S. Gatunos do Mar
SBT, 4h50.  
(The Boatniks). EUA, 70. Direção: Norman Tokar. Com Robert Morse, Phil Silvers. Comandante da guarda costeira, embora trapalhão, frustra não só roubo de jóias como as tentativas dos gatunos de recuperar as ditas jóias, que caíram no mar. Sem esperança. Só para São Paulo. (IA)

TV PAGA

Tecnologia é sempre um desafio a enfrentar

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Existe entre nós -não os espectadores ditos "comuns", mas os especialistas- um quase horror à tecnologia do cinema. Ela seria a arma principal usada pelo Grande Satã, para retomar a expressão do aiatolá Khomeini, para dominar os mercados e subjugar nossas mentes.
Pode ser. Mas não é menos verdade que o cinema começa por ser uma arte misturada de tecnologia já no tempo em que os Lumière se achavam às voltas com uma invenção sem futuro -e já faz mais de século.
Desde então, cada novidade tecnológica foi saudada com uma espécie de pânico pelos intelectuais do mundo: o som, a cor, a tela larga, o vídeo, o dolby etc.
Os efeitos especiais digitais são o fundamento de, por exemplo, "Pearl Harbor" (hoje, 21h, HBO). Eles eram mais ou menos indispensáveis para reproduzir o horror do ataque japonês à frota americana no Pacífico. À parte o ataque propriamente dito, o filme se alimenta de um triângulo amoroso razoavelmente convencional e não tem grande coisa a dizer.
Mas o espetáculo é a base mais clássica do cinema.E a possibilidade de visualizar aquilo surgiu (com exceção dos documentários de época) dos avanços tecnológicos. Eles nos permitem ver mais. Não se anda para trás no cinema. É preciso, de um modo ou de outro, controlar uma tecnologia contemporânea para fazer cinema contemporâneo.
E cada um a seu tempo. Assistir a "As Noivas do Vampiro" (hoje, 23h20, Telecine Classic) é ver a boa utilização da tecnologia da cor em 1960. Terence Fisher era um especialista nisso: com a cor, acrescenta ao vampirismo uma crispada melancolia.
Que isso não nos desencoraje. "O Filho da Noiva", filme argentino, faz sucesso em São Paulo atualmente usando de modo conveniente, apenas, a velha, boa e difícil tecnologia do roteiro.


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