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FILMES E TV PAGA
TV ABERTA
Thompson faz cada plano pesar como pedra
Uma Noite de Aventura
SBT, 14h15.
(A Night on the Town). EUA, 87, 102 min.
Direção: Chris Columbus. Com Elizabeth
Shue, Maia Brewton. "Baby-sitter" que
vai buscar uma amiga no aeroporto, com
bebê a bordo, vê, quando estoura o pneu
do carro, começar uma série de
incidentes que complicam sua vida ao
longo da noite.
As Minas do Rei Salomão
Globo, 16h15.
(King Solomon's Mine). EUA, 85, 100 min.
Direção: J. Lee Thompson. Com Richard
Chamberlain, Sharon Stone.
Chamberlain faz o aventureiro Allan
Quatermain, que uma bela jovem
(Stone) contrata para encontrar seu pai,
arqueólogo que buscava na África as
ditas minas. Na tradição de Thompson,
cada plano parece pesar como pedra.
O Perigo Ronda Sua Casa
Globo, 23h05.
(The Last Witness). Canadá, 99, 95 min.
Direção: Graeme Clifford. Com Natasha
Henstridge, Lauren Hutton. Agentes do
FBI requisitam casa de bela cientista para
fazer uma tocaia. Eis a moça envolvida
numa trama de espionagem. E, pior,
envolvida também com um agente
federal. Inédito.
O Poder da Emoção
SBT, 23h45.
(Digging to China). EUA, 97. Direção:
Timothy Hutton. Com Kevin Bacon, Mary
Stuart Masterson. Menina com mãe
alcoólatra e irmã prostituta terá um
encontro, como costuma acontecer, que
vai ajudá-la a enfrentar a aridez da vida.
Inédito.
Nenhum Álibi
SBT, 1h40.
(No Alibi). EUA, 99. Direção: Bruce
Pittman. Com Dean Cain, Lexa Doig. A
fim de pagar as dívidas que tinha com
um criminoso, moça aproxima-se de
homem de negócios, pressiona-o e
chantageia-o e finalmente o mata.
Problema: a essas alturas a moça estava
apaixonada pelo irmão do finado. Pouco
a esperar.
A Gaiola de Vidro
Bandeirantes, 1h30.
(The Glass Cage). EUA, 96, 97 min.
Direção: Michael Schroeder. Com
Charlotte Lewis, Richard Tyson. Ex-agente da CIA arranja emprego em boate
de Nova Orleans. E arranja encrenca
quando se apaixona por uma bailarina,
despertando ciúmes no mal-encarado
proprietário, que se empenha em
dificultar a vida do ex-agente. Enfim, na
melhor das hipóteses promete-se
convenção.
Sem Suspeita
Globo, 2h50.
(Above Suspiction). EUA, 94, 95 min.
Direção: Steven Schachter. Com
Christopher Reeve, Joe Mantegna. O
policial Dempsey (Reeve) enfrenta dois
dramas conexos. Primeiro, descobre que
sua mulher e seu irmão mais novo têm
um caso amoroso. Depois, é baleado e
fica paralítico. Deprimido, planeja um
assalto de que seja vítima fatal. Com isso,
espera que o irmão e a mulher recebam
uma bolada do seguro. Quando a coisa já
está na contagem regressiva, uma
reviravolta acontece.
O que Vai Ser Agora
SBT, 3h10.
(Which Way Is Up?). EUA, 87, 94 min.
Direção: Michael Schultz. Com Richard
Pryor, Lonette McKee. Operário muda
para a cidade grande e muda de família
também. Isso é só o começo do
pandemônio na transição campo-cidade. Versão americana de "Mimi, o
Metalúrgico", de Lina Wertmuller.
S.O.S. Gatunos do Mar
SBT, 4h50.
(The Boatniks). EUA, 70. Direção: Norman
Tokar. Com Robert Morse, Phil Silvers.
Comandante da guarda costeira, embora
trapalhão, frustra não só roubo de jóias
como as tentativas dos gatunos de
recuperar as ditas jóias, que caíram no
mar. Sem esperança. Só para São Paulo.
(IA)
TV PAGA
Tecnologia é sempre um desafio a enfrentar
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Existe entre nós -não os
espectadores ditos "comuns", mas os especialistas-
um quase horror à tecnologia do
cinema. Ela seria a arma principal
usada pelo Grande Satã, para retomar a expressão do aiatolá Khomeini, para dominar os mercados
e subjugar nossas mentes.
Pode ser. Mas não é menos verdade que o cinema começa por
ser uma arte misturada de tecnologia já no tempo em que os Lumière se achavam às voltas com
uma invenção sem futuro -e já
faz mais de século.
Desde então, cada novidade tecnológica foi saudada com uma espécie de pânico pelos intelectuais
do mundo: o som, a cor, a tela larga, o vídeo, o dolby etc.
Os efeitos especiais digitais são
o fundamento de, por exemplo,
"Pearl Harbor" (hoje, 21h, HBO).
Eles eram mais ou menos indispensáveis para reproduzir o horror do ataque japonês à frota americana no Pacífico. À parte o ataque propriamente dito, o filme se
alimenta de um triângulo amoroso razoavelmente convencional e
não tem grande coisa a dizer.
Mas o espetáculo é a base mais
clássica do cinema.E a possibilidade de visualizar aquilo surgiu
(com exceção dos documentários
de época) dos avanços tecnológicos. Eles nos permitem ver mais.
Não se anda para trás no cinema.
É preciso, de um modo ou de outro, controlar uma tecnologia
contemporânea para fazer cinema contemporâneo.
E cada um a seu tempo. Assistir
a "As Noivas do Vampiro" (hoje,
23h20, Telecine Classic) é ver a
boa utilização da tecnologia da
cor em 1960. Terence Fisher era
um especialista nisso: com a cor,
acrescenta ao vampirismo uma
crispada melancolia.
Que isso não nos desencoraje.
"O Filho da Noiva", filme argentino, faz sucesso em São Paulo
atualmente usando de modo conveniente, apenas, a velha, boa e difícil tecnologia do roteiro.
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