São Paulo, terça-feira, 08 de janeiro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MÚSICA

Evento começa hoje com shows de nomes importantes do ritmo pernambucano e palestras no CCBB do Rio de Janeiro

Frevo invade a folia carnavalesca carioca em festival

DA REPORTAGEM LOCAL

O aquecimento para o Carnaval de 2002 ganha força neste mês no Rio, mas com um gênero de folia que não vem dos morros cariocas: o frevo. O festival "Frevendo o Frevo" ocupará, no Centro Cultural Banco do Brasil, todas as terças e quartas de janeiro, com shows e palestras dedicados ao ritmo carnavalesco pernambucano.
A programação inclui a participação de alguns nomes muito representativos da história do gênero, como Claudionor Germano, o principal intérprete de Capiba (1904-97), um dos inventores do frevo moderno, e o maestro de banda de frevo José Menezes.
As sessões serão duplas, sempre às 13h e às 18h. O show de abertura, que acontece hoje, se chama "Frevo Hoje: Homenagem a Mestre Duda", em referência ao compositor e arranjador crucial para aquele gênero. O próprio Mestre Duda, hoje com 67 anos, atuará como regente da banda que o homenageará, com participação de Sivuca e do Art Metal Quinteto.
O ciclo de palestras, que acontecerão sempre às quartas-feiras, começa amanhã, com o tema "O Frevo: A História e a Visão do Compositor/Arranjador".
O show da segunda semana é "O Frevo Revisitado", em que o músico Antúlio Madureira se dedicará a oferecer uma visão contemporânea do frevo.
O dia 22 marca o encontro entre Claudionor Germano e José Menezes, em "Frevo e Frevo-Canção", que centrará foco na modalidade frevo-canção, que inscreveu o nome de Germano na história, a bordo das composições que Capiba começou a lançar em 1934. Ele cantará com arranjos e regência de banda de Menezes.
O último espetáculo, no dia 29, será "Frevendo a Dança do Frevo", com Antônio Nóbrega e a Banda Anacleto de Medeiros. Nóbrega irá centrar sua apresentação no frevo cantado e dançado, e a banda carioca abordará o frevo de banda e de rua.
O projeto foi idealizado pelo músico paraibano Nailson Simões e pelo paraense Antonio Augusto, que pretendem abranger tanto os aspectos mais contemporâneos do frevo (principalmente pelas presenças de Antúlio Madureira, Antônio Nóbrega e Sivuca) quanto a história do gênero (pelas obras históricas de autores como Capiba, Nelson Ferreira, Luiz Bandeira, Levino Ferreira, Antonio Maria e outros).


FREVENDO O FREVO - Onde: Centro Cultural Banco do Brasil (r. 1º de março, 66, centro, tel. 0/xx/21/3808-2020, Rio de Janeiro). Quando: shows todas as terças-feiras de janeiro, a partir de hoje, em sessões às 13h e às 18h; palestras às quartas-feiras, às 18h. Quanto: R$ 6 (shows) e entrada franca (palestras).

Texto Anterior: Mônica Bergamo
Próximo Texto: Net cetera: O mulá que tentou se render pela rede
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.