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MÚSICA
Evento começa hoje com shows de nomes importantes do ritmo pernambucano e palestras no CCBB do Rio de Janeiro
Frevo invade a folia carnavalesca carioca em festival
DA REPORTAGEM LOCAL
O aquecimento para o Carnaval
de 2002 ganha força neste mês no
Rio, mas com um gênero de folia
que não vem dos morros cariocas:
o frevo. O festival "Frevendo o
Frevo" ocupará, no Centro Cultural Banco do Brasil, todas as terças
e quartas de janeiro, com shows e
palestras dedicados ao ritmo carnavalesco pernambucano.
A programação inclui a participação de alguns nomes muito representativos da história do gênero, como Claudionor Germano, o
principal intérprete de Capiba
(1904-97), um dos inventores do
frevo moderno, e o maestro de
banda de frevo José Menezes.
As sessões serão duplas, sempre
às 13h e às 18h. O show de abertura, que acontece hoje, se chama
"Frevo Hoje: Homenagem a Mestre Duda", em referência ao compositor e arranjador crucial para
aquele gênero. O próprio Mestre
Duda, hoje com 67 anos, atuará
como regente da banda que o homenageará, com participação de
Sivuca e do Art Metal Quinteto.
O ciclo de palestras, que acontecerão sempre às quartas-feiras,
começa amanhã, com o tema "O
Frevo: A História e a Visão do
Compositor/Arranjador".
O show da segunda semana é
"O Frevo Revisitado", em que o
músico Antúlio Madureira se dedicará a oferecer uma visão contemporânea do frevo.
O dia 22 marca o encontro entre
Claudionor Germano e José Menezes, em "Frevo e Frevo-Canção", que centrará foco na modalidade frevo-canção, que inscreveu o nome de Germano na história, a bordo das composições que
Capiba começou a lançar em
1934. Ele cantará com arranjos e
regência de banda de Menezes.
O último espetáculo, no dia 29,
será "Frevendo a Dança do Frevo", com Antônio Nóbrega e a
Banda Anacleto de Medeiros. Nóbrega irá centrar sua apresentação no frevo cantado e dançado, e
a banda carioca abordará o frevo
de banda e de rua.
O projeto foi idealizado pelo
músico paraibano Nailson Simões e pelo paraense Antonio
Augusto, que pretendem abranger tanto os aspectos mais contemporâneos do frevo (principalmente pelas presenças de Antúlio
Madureira, Antônio Nóbrega e
Sivuca) quanto a história do gênero (pelas obras históricas de autores como Capiba, Nelson Ferreira,
Luiz Bandeira, Levino Ferreira,
Antonio Maria e outros).
FREVENDO O FREVO - Onde: Centro
Cultural Banco do Brasil (r. 1º de março,
66, centro, tel. 0/xx/21/3808-2020, Rio
de Janeiro). Quando: shows todas as
terças-feiras de janeiro, a partir de hoje,
em sessões às 13h e às 18h; palestras às
quartas-feiras, às 18h. Quanto: R$ 6
(shows) e entrada franca (palestras).
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