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Encontro tentará resolver impasse
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA,
EM BELO HORIZONTE
De acordo com o Iphan,
não há motivo para que seja
feito alarde em Congonhas.
Segundo o restaurador e
conservador Antônio Fernando Santos, os danos nas
imagens são mínimos e não
foram causados por intemperismo ou fungos. "Estudos mostraram que muitos
problemas já estavam nas
pedras, quando foram retiradas das jazidas", diz. Para
ele, os danos que a remoção
causaria nas esculturas de
Aleijadinho seriam "terríveis". "Você não pode simplesmente tirar uma obra
que está sob o sol há 200
anos e colocá-la num museu
com ar-condicionado."
Santos crê que os principais atingidos com a substituição seriam os fiéis, já que
as obras são mais do que
meras esculturas; são objetos de culto. O problema
real, segundo ele, é o ataque
de microorganismos, que
poderia ser resolvido com
produtos adequados.
Para o secretário de Estado
da Cultura, Luiz Roberto
Nascimento Silva, a presença de cópias no lugar dos
profetas originais não causaria o impacto que prevê Santos. "Ninguém deixa de ir a
Florença [Itália] e de se encantar com réplicas de Michelângelo por saber que as
originais estão num museu."
Outro grupo contrário é a
igreja, que se diz proprietária das obras e afirma não ter
espaço nas discussões.
O impasse pode começar a
ser resolvido em encontro
que deve acontecer até março na cidade, com especialistas do país e representantes
da Unesco (Organização das
Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura),
que declarou as obras Patrimônio da Humanidade.
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