|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ENTRELINHAS
"Aldeias" editoriais do Brasil no país de Asterix
CASSIANO ELEK MACHADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Em outubro passado um
negócio balançou com força o coreto do mundo editorial.
A gigante francesa Vivendi Universal vendeu todo o seu braço
editorial, com exceção da americana Houghton Mifflin, para o
seu grande concorrente no mesmo país, o grupo Lagardère.
Na transação de 1,25 bilhão,
mudaram de mãos selos de
grande peso, como Larousse e
Plon (França), Anaya e Alianza
(Espanha) e metade das brazucas Ática e Scipione.
O tempo passou, a Vivendi se
desfez da editora americana que
restara e assim teria encerrado
de vez seu braço livreiro. Certo?
Errado. Por motivos não esclarecidos (Lagardère e VUP foram
procuradas pela Folha e não responderam até a conclusão desta
edição), a transação deu marcha
ré. "Desconhecemos os termos
de negociação", diz o superintendente da Ática, Vicente Paz
Fernandez.
O resultado é curioso. A outrora gigante francesa só tem
hoje duas editoras no mundo,
como mostra seu site: metade da
Ática, metade da Scipione.
PEQUENAS NOTÁVEIS
A disputa pela Câmara
Brasileira do Livro tem
novidade de peso. A Libre,
entidade que congrega 66
pequenas e médias editoras, foi
a primeira instituição livreira a
se posicionar oficialmente
sobre uma das chapas. Dona
de 10% dos votos da disputa,
do próximo dia 26, a entidade
fechou com a chapa de José
Henrique Grossi.
JORNADA NAS ESTRELAS
Clássico-mor da ficção
científica, "Solaris", do polonês
Stanislaw Lem, vai voltar às
nossas prateleiras. Adaptado
ao cinema por Tarkovsky e
agora por Steven Soderbergh,
o romance volta pelas mãos da
Relume Dumará, em março.
"GETULY"
Duplamente premiada pela
prestigiada revista "Granta"
como um dos principais
talentos da literatura britânica,
A. L. Kennedy foi convidada
pelo jornal "Guardian" para
dizer os dez melhores
"romances polêmicos".
"Sargento Getúlio", de João
Ubaldo Ribeiro, entrou na
lista, com "Dom Quixote" e
"Lolita", de Nabokov.
OBRA EM OBRAS
Nada "é grego" para Donaldo Schüler, que vem traduzindo o intraduzível "Finnegans Wake", de James Joyce. Agora ele finaliza
versões criadas diretamente da língua de Platão para clássicos como "Édipo em Colono", de Sófocles, "Sete contra Tebas", de Ésquilo, e "As Fenícias", de Eurípedes, para a L&PM Pockets.
elek@folhasp.com.br
Texto Anterior: "Um Deus Dentro Dele, Um Diabo Dentro de Mim": Autora esclarece pontos obscuros da alma humana Próximo Texto: Fora da estante Índice
|