São Paulo, quinta-feira, 08 de março de 2007

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Ex-trotskista vira polemista de direita

DA REPORTAGEM LOCAL

A polêmica, quase sempre histriônica e politicamente incorreta, é a matéria-prima do jornalista, escritor e ensaísta britânico Christopher Hitchens. Ele escreve sobre política internacional, literatura, religião e cultura. Ficou conhecido por suas posições conservadoras e por atacar figuras públicas.
A lista de desafetos do polemista radicado nos Estados Unidos não pára de crescer. Inclui Henry Kissinger ("responsável por atrocidades no Vietnã"), o cineasta Michael Moore ("mentiu em "Farenheit 11 de Setembro'"), madre Teresa de Calcutá ("oportunista política") e Bill Clinton ("mentiroso compulsivo").
Ex-trotskista, Hitchens diz que sua guinada à direita começou com a sentença de morte proclamada pelo aiatolá Khomeini contra seu amigo Salman Rushdie. Defensor da guerra contra o terror de George W. Bush, Hitchens virou porta-voz informal dos neoconservadores americanos depois dos atentados de 11 de Setembro. Ficou amigo de Paul Wolfowitz, um dos idealizadores da política externa de Bush e atual presidente do Banco Mundial.
Em entrevista à Folha na última edição da Festa Literária Internacional de Parati (Flip), em agosto passado, disse sem meias-palavras que os Estados Unidos deveriam bombardear o Irã. É um crítico feroz do terrorismo fundamentalista e da "teocracia fascista".
Hitchens fez parte de um grupo de autores britânicos que se reunia em torno da revista "New Statesman" nos anos 70 e incluía Ian McEwan e Martin Amis (são amigos até hoje). No Brasil, já teve publicados "Amor, Pobreza e Guerra" (Ediouro), "Cartas a um Jovem Contestador" (Cia. das Letras) e "O Julgamento de Kissinger" (Boitempo). O jornalista deve ir a Porto Alegre em outubro para o seminário Fronteiras do Pensamento. (MARCOS STRECKER)

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