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Ex-trotskista vira polemista de direita
DA REPORTAGEM LOCAL
A polêmica, quase sempre histriônica e politicamente incorreta, é a matéria-prima do jornalista, escritor e ensaísta britânico
Christopher Hitchens. Ele
escreve sobre política internacional, literatura, religião e cultura. Ficou conhecido por suas posições
conservadoras e por atacar figuras públicas.
A lista de desafetos do
polemista radicado nos
Estados Unidos não pára
de crescer. Inclui Henry
Kissinger ("responsável
por atrocidades no Vietnã"), o cineasta Michael
Moore ("mentiu em "Farenheit 11 de Setembro'"),
madre Teresa de Calcutá
("oportunista política") e
Bill Clinton ("mentiroso
compulsivo").
Ex-trotskista, Hitchens
diz que sua guinada à direita começou com a sentença de morte proclamada pelo aiatolá Khomeini
contra seu amigo Salman
Rushdie. Defensor da
guerra contra o terror de
George W. Bush, Hitchens
virou porta-voz informal
dos neoconservadores
americanos depois dos
atentados de 11 de Setembro. Ficou amigo de Paul
Wolfowitz, um dos idealizadores da política externa de Bush e atual presidente do Banco Mundial.
Em entrevista à Folha
na última edição da Festa
Literária Internacional de
Parati (Flip), em agosto
passado, disse sem meias-palavras que os Estados
Unidos deveriam bombardear o Irã. É um crítico feroz do terrorismo fundamentalista e da "teocracia
fascista".
Hitchens fez parte de
um grupo de autores britânicos que se reunia em
torno da revista "New Statesman" nos anos 70 e incluía Ian McEwan e Martin Amis (são amigos até
hoje). No Brasil, já teve
publicados "Amor, Pobreza e Guerra" (Ediouro),
"Cartas a um Jovem Contestador" (Cia. das Letras)
e "O Julgamento de Kissinger" (Boitempo). O jornalista deve ir a Porto Alegre em outubro para o seminário Fronteiras do
Pensamento.
(MARCOS STRECKER)
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