São Paulo, sexta-feira, 08 de abril de 2011

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360 vezes U2

Turnê emoldura rock básico e politizado da banda irlandesa unindo tecnologia de ponta a efeitos visuais que hipnotizam

THALES DE MENEZES
DE SÃO PAULO

Quem assistir a uma das três apresentações da banda irlandesa de rock U2 em São Paulo já pode se considerar desafiado a criar uma palavra que defina o que é aquilo diante de seus olhos. Porque a 360º Tour, definitivamente, não traz apenas um show, é algo incomparável.
Em suas excursões anteriores ao Brasil, em 1998 e 2006, a banda liderada pelo carismático Bono trouxe palcos grandiosos e tecnologia de ponta.
Uma embalagem moderníssima para um grupo que faz rock and roll básico, porém em tons épicos, a moldura certa para suas letras politizadas.
Desta vez, falar em tecnologia de ponta é pouco. As pessoas que entrarem no estádio do Morumbi amanhã à tarde, ainda sob a luz do sol, vão ficar boquiabertas com a estrutura do palco, a tal "garra". Mesmo desligada, ela se impõe como algo gigantesco, passando dos 50 metros de altura.
Quando a banda britânica Muse aparecer para um curta mas vigorosa apresentação de abertura, as milhares de luzes da garra vão iniciar um delirante espetáculo visual.
No alto, o telão, circular como o palco e a passarela em torno dele, exibirá imagens com grafismos e efeitos visuais que poderão ser vistas de qualquer lugar do estádio, justificando o nome da turnê, 360º Tour.
Mas o público será realmente transportado a outra dimensão depois que Bono, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr. de fato entrarem em cena.
O quarteto que se reuniu há 36 anos por meio de um anúncio em uma escola católica de Dublin e permanece junto até hoje sem mudar sua formação, algo raríssimo no rock, vai desfilar hits tanto para os quarentões como para os adolescentes.
É a força do repertório do U2 que funciona como âncora musical em um evento que hipnotiza.
No meio de tanto êxtase visual, as canções tocam fundo no coração dos fãs. Na hora dos maiores sucessos, a embalagem visual fica mais "calma", deixando a força da música conquistar o público.
Iniciada em junho de 2009, a 360º Tour deve terminar no próximo dia 30 de julho em Moncton, no Canadá.
A previsão dos números finais é: mais de 6 milhões de pessoas em 110 shows, faturamento de US$ 750 milhões (R$ 1,2 bilhão). Recorde difícil de bater no cenário pop. Talvez só na próxima turnê do U2.


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