DEMETRIUS CAESAR
enviado especial a Belo Horizonte

A quarta edição do Festival Internacional de Dança (FID), que vai acontecer em Belo Horizonte de 16 de junho a 9 de julho, continua apostando na dança contemporânea brasileira e mundial.
Três das quatro companhias internacionais já confirmadas são inéditas por aqui. Com exceção do canadense Benoît Lachambre, que esteve no país no mesmo FID, a também canadense Cie. de Brune, de Lynda Gaudreau, Gilles Jobin (Suíça, Reino Unido) e La Ribot (Espanha, Reino Unido) nunca se apresentaram no Brasil.
Dez companhias brasileiras, sete delas mineiras, completam o programa que ainda não está fechado. Já estão confirmadas a Cia. Nova Dança 4 (São Paulo), Cia. Municipal de Dança de Caxias do Sul (Rio Grande do Sul), Cristian Duarte (São Paulo) e Jambazaart (Minas Gerais).
Na programação, além dos espetáculos, estão previstas palestras, oficinas e exibição de vídeos. O evento tem orçamento de R$ 450 mil, captados por meio de leis de incentivo estadual e municipal. O patrocínio é da Telemig Celular.
Haverá um chat para discussão de assuntos ligados à dança contemporânea, coordenado pelo Centro de Estudos de Dança da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Denominado Café FID, esse ponto de encontro também acontecerá em bares pela cidade, onde os interessados poderão conversar informalmente com os coreógrafos presentes. O endereço é www.fid.com.br.
Segundo informou Carla Lobo, uma das organizadoras do evento, os ingressos irão se manter na faixa dos R$ 5, para quem comprar o pacote para todas as peças e para estudantes. O festival vem conseguindo aumentar seu público ano a ano. A primeira edição teve 50% dos ingressos vendidos.
Em 1998, na última versão, conseguiu 75% de ocupação, mesmo trazendo trabalhos muitas vezes difíceis para o público médio brasileiro, desacostumado a ver dança contemporânea.
Estão programados também lançamentos de livros, coisa rara quando o assunto é dança. São, em grande parte, publicações de teses que estão sendo produzidas em universidades.