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"Não estou preocupado com audiência"
DA REDAÇÃO
O presidente da Fundação
Padre Anchieta (mantenedora
da TV Cultura), Marcos Mendonça, se diz "satisfeitíssimo"
com as audiências dos programas que estrearam neste ano.
Ele comemora um aumento
de 23,5% na audiência do horário nobre (18h/0h) em abril, em
relação a março. De fato, a média subiu de 0,81 em março para 1,00 ponto em abril. Mas o
próprio Ibope tem a prática de
arredondar números de audiência, desprezando decimais.
"Não estou preocupado com
audiência, mas com qualidade.
E televisão é hábito. Estamos
colocando programas novos
no ar. Antes, no horário de
Poppovic, dávamos traço", diz.
Mendonça afirma que sua
administração está correndo
conforme o planejado há um
ano. "Primeiro tinha que colocar a casa em ordem. Depois,
pensar em renovar a tecnologia. Em terceiro lugar estava a
programação, pensada para estrear em março deste ano."
Ele diz que, quando assumiu
a Cultura, a emissora registrava
um déficit de R$ 1,1 milhão por
mês. "Terminamos 2004 com
R$ 8 milhões em caixa."
O resultado, ressalta, foi obtido com redução de custos, sem
demissões, e aumento de receitas, com a prestação de serviços
a terceiros e aumento da publicidade. No início de 2004, a
Cultura faturava R$ 300 mil
mensais com anúncios. Saltou
para R$ 1,5 milhão por mês.
O presidente afirma que gostaria de fazer muito mais na
programação, como telefilmes
e minisséries, mas não tem recursos. Ele cobra do governo
federal e da Prefeitura de São
Paulo participações no orçamento da emissora, que gera
programação para todo o país.
Ele afirma que a Cultura tem
hoje uma administração profissional e que se propõe a fazer
uma "TV generalista", mais
abrangente, mas sem perder a
qualidade. E rebate as críticas
do PT: "A oposição está preocupada porque a TV está dando certo. Não temos déficit".
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