São Paulo, domingo, 08 de maio de 2005

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"Não estou preocupado com audiência"

DA REDAÇÃO

O presidente da Fundação Padre Anchieta (mantenedora da TV Cultura), Marcos Mendonça, se diz "satisfeitíssimo" com as audiências dos programas que estrearam neste ano.
Ele comemora um aumento de 23,5% na audiência do horário nobre (18h/0h) em abril, em relação a março. De fato, a média subiu de 0,81 em março para 1,00 ponto em abril. Mas o próprio Ibope tem a prática de arredondar números de audiência, desprezando decimais.
"Não estou preocupado com audiência, mas com qualidade. E televisão é hábito. Estamos colocando programas novos no ar. Antes, no horário de Poppovic, dávamos traço", diz.
Mendonça afirma que sua administração está correndo conforme o planejado há um ano. "Primeiro tinha que colocar a casa em ordem. Depois, pensar em renovar a tecnologia. Em terceiro lugar estava a programação, pensada para estrear em março deste ano."
Ele diz que, quando assumiu a Cultura, a emissora registrava um déficit de R$ 1,1 milhão por mês. "Terminamos 2004 com R$ 8 milhões em caixa."
O resultado, ressalta, foi obtido com redução de custos, sem demissões, e aumento de receitas, com a prestação de serviços a terceiros e aumento da publicidade. No início de 2004, a Cultura faturava R$ 300 mil mensais com anúncios. Saltou para R$ 1,5 milhão por mês.
O presidente afirma que gostaria de fazer muito mais na programação, como telefilmes e minisséries, mas não tem recursos. Ele cobra do governo federal e da Prefeitura de São Paulo participações no orçamento da emissora, que gera programação para todo o país.
Ele afirma que a Cultura tem hoje uma administração profissional e que se propõe a fazer uma "TV generalista", mais abrangente, mas sem perder a qualidade. E rebate as críticas do PT: "A oposição está preocupada porque a TV está dando certo. Não temos déficit".


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