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Encontro de bateristas e DJs em jam session no Sesc Pompéia tem estréia morna
A expectativa era imensa. Os participantes, de talento inquestionável. Mas o primeiro dia do evento "Brasilintime", na última sexta, terminou com a sensação de que poderia ter sido melhor.
O encontro de bambas das baquetas, como os brasileiros Wilson das Neves, Mamão (Azymuth) e Pupilo (Nação Zumbi), além do nigeriano Tony Allen e do americano Derf Reklaw (Pharoahs), com os DJs Madlib, Babu e J.Rocc, dos Estados Unidos, e Primo e Nuts, do Brasil, levou dezenas de descolados, músicos, DJs e fãs de hip hop ao teatro do Sesc Pompéia.
A maioria estava ali para conferir a reprodução do histórico show de 2002, registrado em filme em cartaz no Cinesesc.
Mas, seja pela sisudez do espaço, pouco convidativo para manifestações mais acaloradas da platéia, seja pela natural falta de entrosamento entre músicos em dia de estréia, a jam session teve um clima frio, quase cerimonioso, com alguns momentos inspirados. Num destes, uma garota subiu ao palco para fazer uma dança africana e acabou trazendo mais irreverência ao espetáculo -ainda que depois os mal-humorados seguranças do Sesc Pompéia a tenham arrastado.
"Achei que podia ter mais colagens brasileiras por parte dos DJs", disse KL Jay, DJ dos Racionais MCs, ao final da apresentação. "Todos tocaram muito bem, cada um no seu estilo."
KL Jay, que estava no debute, em 2002, achou que a primeira vez foi melhor por causa do palco. "Teve mais entrosamento porque o público estava em pé."
O DJ Will Robinson, achou o de 2002 "mais solto". "A idéia é boa, mas a execução, complicada. Faltou uma linha de harmonia que conduzisse a parada."
O cantor Bruno Morais estava emocionado. "Teve uma hora que cambaleou um pouco, mas é o clima da jam. Normal."
(ADRIANA FERREIRA SILVA)


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