São Paulo, sexta-feira, 08 de maio de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

"Intensidade" de ator estraga "Sede de Viver"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Como há pouco constatou a Ilustrada, os canais pagos reprisam certos filmes excessivamente. Podia-se acrescentar: reprisa, de preferência, filmes ordinários, e tão grande é a frequência dos filmes ordinários que, na hora de comentar, fico com um que não aprecio particularmente: "Sede de Viver" (TCM, 14h; não indicado a menores de 12 anos).
A crítica clássica francesa adora o filme, como adora qualquer soluço de Vincente Minnelli, e ela sabe o que diz. Mas as coisas que me desapontam, aqui, vão desde a construção do mito do artista como um ser especial (um lugar-comum dos filmes sobre pintores), até o gosto de Minnelli, em que o europeizante cutuca o kitsch sem muito pudor.
Tudo isso se pode suportar, mas quando toda a intensidade que se busca transmitir, e que seria uma espécie de atributo do gênio, aparece na expressão excessiva de Kirk Douglas, fica mais difícil. Em tempo, Douglas interpreta Van Gogh, o pintor, objeto do filme.


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